As autoridades sanitárias da Província de Manica notificaram, nas primeiras quatro semanas do ano em curso (Janeiro), 4.805 casos de diarreias. A cidade de Chimoio figura na lista como sendo a que mais pacientes recebeu com a chamada doença de mãos sujas com 1.089 casos, seguida pelo distrito de Gôndola com 606 e Manica a apresentar 530 casos.
O distrito de Machaze está entre os que menos casos, 164 registaram apesar ser uma região considerada como sendo a mais fraca em material de saneamento do meio. Em Janeiro findo, a diarreias fizeram um morto contra quarto de igual período do ano passado em que foram registados um total 5.207 pacientes.
Apesar dessa redução, o sector de saúde em Manica mostra-se preocupado com a situação principalmente que é tida como sendo dramática sobretudo nesta altura em que as chuvas continuam a cair um pouco pela província e no país em geral.
O Médico-chefe provincial de Manica, Firmino Vidade Jaqueta, que facultou a informação a nossa Reportagem disse que este ano a situação tornou-se complicada porque diferentemente dos outros a cidade de Chimoio apresenta mais casos de diarreias. Nos anos passados, de acordo com Firmino Jaqueta, os distritos é que ocupavam a dianteira como é o caso de Guro que em 2013 atendeu 1.458 paciente padecendo de diarreias.
Os distritos de Gôndola e Macossa apresentaram 830 e 737 cassos cumulativos cada. Firmino Jaqueta referiu ainda que duma forma geral, no ano passado foram registados 54.754 casos de diarreias contra 59.357 do ano 2012.
Sussundenga diagnosticou 11.805 casos seguido e Machaze com a taxa mais baixa de 1.990 casos. O fraco saneamento do meio associado a falta de higiene individual e queda excessiva das chuvas que provocam alagamento em algumas regiões da província são apontadas pelas entidades de saúde como sendo as principais causas da doença.
Aquele médico –chefe afirmou não haver ainda registo de cólera porque o sector com apoio de outros segmentos da sociedade interessados estão a desencadear campanhas de limpeza dentro e fora das vilas para controlar possíveis surto da cólera.
“Ainda está tudo bem. Não temos nenhum registo de cólera. Mesmo assim estamos a trabalhar junto das comunidades para que até ao fim da época chuvosa passe sem grandes complicações. Acreditamos que as populações estão a acatar as nossas recomendações por isso que até hoje ainda não notificamos nenhuma caso”.
Referiu que outras medidas estão em curso tais como a sensibilização das comunidades para o uso de medidas preventivas em todos os distritos. Palestras nas unidades sanitárias divulgando essas medidas, distribuição massiva de cloro para tratamento da água é outra estratégia levada a cabo pelo sector de saúde em toda província.
Neste programa foram distribuídos 2.486 litros de solução de cloro beneficiando 49.720 famílias das zonas rurais e bairros periféricos onde há registo de mais casos de diarreias. Igualmente 193 poços beneficiaram de tratamento com sistema Retardo e estão sendo monitorados semanalmente.
Aquele médico-chefe disse que as palestras e campanhas são feitas através das rádios comunitárias e outros meios de comunicação. Também decorreram reuniões multisectoriais para definir acções prioritárias o combate as diarreias.
Domingos Boaventura
