O Conselho Municipal de Maputo vai desencadear, dentro de pouco tempo, um processo de demolição de construções que têm estado a ser erguidas em zonas consideradas propensas a inundações.
O alerta sobre aquela medida foi dado, na semana passada, durante os trabalhos da Assembleia Municipal de Maputo, na qual o executivo da capital vincou a sua posição de intolerância perante o retorno ou ocupação de zonas propensas a inundações.
A posição do executivo, apresentada pelo vereador de Transporte e Trânsito, João Mathlombe, refere que, em algumas zonas propensas a inundações, cujas pessoas foram retiradas e reassentadas em lugares seguros, aparecem novas construções.
Temendo que, num futuro breve, possam ocorrer situações calamitosas, o Conselho Municipal refere que não será tolerante perante estas situações e que já foi dada a ordem de remoção, “seja de quem for a construção” e independentemente “de quem tenha sido a pessoa a autorizar”.
“O lema é avançarmos para uma nova vida e não regredirmos para problemas já conhecidos e resolvidos”, refere o Conselho Municipal, através de um aviso público, no qual apelou aos munícipes para colaborarem para a melhoria do nível de vida na cidade de Maputo.
De referir que, a cidade de Maputo atravessa, neste momento, um período em que habitualmente tem sido fustigada por chuvas intensas, provocando inclusive destruições, desalojamentos, fome, nudez, doenças ocasionais, dor e transtornos de vária ordem.
Face às chuvas registadas nos últimos dois anos, diversas famílias foram retiradas das zonas inundadas, tendo inclusive recebido talhões em novas áreas que não apresentam o risco de inundações.
Nalguns casos, alguns munícipes foram instalados no distrito de Marracuene, província de Maputo, devido a falta de espaços para a habitação no território municipal da capital.
Benjamim Wilson