Poucas mulheres têm conhecimento e consciência do seu direito à protecção social. Este sentimento foi transmitido por mulheres que se fizeram presentes num debate ocorrido, há dias, na cidade de Maputo que tinha como tema: O acesso das Mulheres à Protecção Social, Serviços Públicos e Infraestruturas no Contexto da Crise Económica, organizado pelo Fórum mulher no âmbito da semana da mulher.
Entretanto, no debate, os painelistas e representantes das instituições responsáveis por esta área, nomeadamente o Fórum Mulher, o Instituto Nacional de Acção Social (INAS) e o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) reconheceram a pouca divulgação destes instrumentos de protecção social junto das comunidades.
Aida Lázaro Nhacocome, viúva e mãe de cinco filhos, partilhou com os presentes os contornos da sua história. O seu marido perdeu a vida no ano de 2006, e era funcionário da extinta empresa Maquinag e contribuinte da segurança social.
Aquando do infortúnio, Aida Nhacocomo recorreu a meios próprios para custear as despesas. Somente em 2015, através de um antigo colega de trabalho do seu falecido esposo, teve conhecimento do que a sua família poderia beneficiar da Acção Social. “Quase 9 anos depois, quando recorri ao INSS para explicar a situação, não foi possível resolver a minha situação. Eu pretendia que se devolvesse o valor por mim desembolsado, mas até hoje, não tive sucesso”.