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Mulheres capacitadas em negócios

Por admin

Mais de 6.4 milhões de dólares americanos, o equivalente a pouco mais de 230 milhões de meticais, é quanto se espera que seja aplicado pelo Ministério do Género, Criança e Acção Social na implementação da segunda fase do projecto trienal de empoderamento da mulher e desenvolvimento de habilidades, em oito distritos de Manica e Sofala.

Deste valor, cinco milhões de dólares americanos correspondem à contribuição do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), e os restantes provenientes dos cofres do erário público

Iniciado em 2009, a primeira fase tinha em vista o fortalecimento económico da mulher rural, grupo que mais se evidencia na produção agrícola em Moçambique, 3500 mulheres viram as suas qualidades de vida mudada. Aliás, o resultado da primeira fase, cuja avaliação teve lugar em 2013, encoraja o Governo para a sua continuidade.

Apesar de necessidades de complementação, em determinados aspectos, a ministra do Género, Criança e Acção Social, Cidália Chaúque Oliveira, considerou como imprescindível a segunda fase, de modo que a iniciativa alcance mais mulheres.

A iniciativa, lançado na última quarta-feira, na cidade de Chimoio pela ministra do pelouro, projecta-se que seja expandida para que a pobreza que tem maior visibilidade na mulher rural, passe para a história.

Entretanto, o Banco Africano de Desenvolvimento que contribui com maior expressividade financeira, no referido programa, afirma que a sua continuidade, para maior abrangência fica dependente das autoridades governamentais, que deve manifestar interesse neste sentido.  

Nas duas províncias, o projecto virado ao fortalecimento económico-financeiro da mulher rural está a ser implementado nos distritos de Gondola, Sussundenga, Báruè e Guro, em Manica, e Caia, Gorongosa, Nhamatanda e Dondo (Sofala).

O Governo entende que o objectivo será alcançado com o empoderamento, o que passa pela elevação da economia da mulher rural, pelo aumento da produtividade agrícola de mulheres, tornando-as auto-sustentáveis através da melhoria das suas habilidades de agro-processamento e acesso ao mercado, garantindo meios de subsistência nas zonas rurais, melhorar as habilidades e apoio aos processos de comercialização, assegurar o acesso aos serviços financeiros e fortificar a gestão do projecto.

Nesta fase, o Ministério de Género, Criança e Acção Social está centrado na melhoria de condições de vida da camada feminina rural através da promoção da comercialização agrícola e pretende formar mulheres como facilitadoras ou treinadoras em nutrição e processamento de alimentos.

Espera-se, igualmente, que até 2016 sejam formadas 72 mulheres e treinadas outras  2500 em gestão básica, promoção e desenvolvimento de negócios.  

O projecto pretende ainda assegurar o acesso sustentável a serviços de poupança e crédito providenciados por grupos rotativos e consolidação dos já existentes nas duas províncias, bem como reforçar a capacidade de provedores de tais serviços e promover inovações.

Durante os quatros anos de implementação deste projecto, as mulheres beneficiarão de palestras sobre género, HIV/SIDA, nutrição, formação em técnicas de agro-processamento e conservação de produtos agro-industriais.  

No concernente ao desenvolvimento de negócios, dos 350 grupos planificados foi possível apoiar cerca de 200 mulheres em formação, tendo algumas se beneficiado do Fundo de Desenvolvimento Distrital, vulgo “Sete milhões”.

No mesmo período, dentre várias actividades que beneficiaram directamente as comunidades rurais, o projecto apoiou na legalização de 187 associações, tendo 87 sido elegíveis para receber o equipamento para desenvolvimento de negócios.  

Na cerimónia de lançamento do projecto, a ministra de Género, Criança e Acção Social, desafiou as parte envolvidas no programa a fazer de tudo para garantir o cumprimento dos objectivos preconizados que se circunscrevem na melhoria da qualidade de vida da população.

“As comunidades esperam ver mudanças que devem ser feita por nós. E muito dinheiro que será aplicado no programa. Esperamos ver resultados que animam a todos e tenhamos uma comunidade formada e que contribui para o desenvolvimento dessas mesmas comunidades e do país em geral”, disse.

Domingos Boaventura

mingoboav@gmail.com  

 

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