Nacional

Mulheres beneficiam de diagnóstico gratuito

Cerca de 250 mulheres desfavorecidas dos municípios de Maputo e Matola, seleccionadas após uma pré-triagem feita nos centros de saúde da periferia, nomeadamente do Hospital Geral de José Macamo, Mavalane, Chamanculo e Centro de Saúde da Matola 700, vão beneficiar do diagnóstico gratuito do cancro da mama, no âmbito de uma campanha de rastreio desta doença lançada na passada segunda-feira, em Maputo, por ocasião das festividades do dia da Mulher Moçambicana.

O programa, promovido pela MCNet, empresa que implementa e garante a operacionalização da Janela Única Electrónica (JUE) em Moçambique, com a parceria das Alfândegas de Moçambique, Ministério da Saúde (MISAU) e a Clinicare, visa alertar, informar, diagnosticar e esclarecer às mulheres sobre todas as questões relacionadas com a prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença.

O presidente do Conselho de Administração da MCNet, Rogério Samo Gudo, disse na ocasião que “associámo-nos a esta iniciativa no âmbito da nossa responsabilidade social empresarial, no apoio aos programas de saúde pública do MISAU, levando a cabo, em parceria com a Clinicare, uma campanha gratuita de diagnóstico do cancro da mama”.

Esta doença, segundo Rogério Samo Gudo, “constitui uma das maiores causas de morte da mulher moçambicana, na sua maioria por falta de conhecimento em relação à manifestação da enfermidade, ou por falta de condições económicas para o diagnóstico atempado, com vista a reduzir os efeitos nefastos, que resultam no sofrimento das mulheres e, consequentemente, das respectivas famílias”.

Com este projecto social, serão abrangidas, durante sete dias, mulheres de algumas áreas pré-definidas, com idade superior a 40 anos ou com história familiar de cancro.

Em representação do Ministério da Saúde, Cesaltina Lorenzoni, directora do Programa Nacional de Controlo do Cancro, referiu tratar-se de uma iniciativa muito importante, sobretudo porque o exame de diagnóstico será realizado através da mamografia, que consegue detectar lesões ainda no seu estado inicial.

Um dos maiores problemas com que se depara é o aparecimento de mulheres nas consultas em estágios muito avançados da doença, acarretando assim altas taxas de morbi/mortalidade e, consequentemente, maiores custos para o sistema de saúde”, frisou.

Em seguida realçou que “a histologia do cancro da mama é multifactorial, sendo factores de risco a história familiar, que constitui a maior causa deste cancro, a história reprodutiva das pacientes (menarca precoce, menopausa tardia, desbalanço hormonal), estilo de vida não saudável, nomeadamente obesidade, sedentarismo, entre outros”.

Por sua vez, Guilherme Mambo, director-geral das Alfândegas de Moçambique, considerou ser uma grande honra ver a JUE associada a uma acção que vai ter grande impacto num elemento muito importante da sociedade, que é a mulher: “Nós acreditamos que a testagem vai poder ajudar a identificar muito cedo a doença em mulheres que, eventualmente, tenham alguma indicação dessa enfermidade e, tal como foi dito, poderá, a partir disso, seguir o respectivo tratamento”.    

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