O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi disse que o país tem conseguido manter o clima de paz e estabilidade, caracterizado pelo funcionamento normal das instituições públicas e privadas, apesar de desafios relacionados com o combate a criminalidade e a necessidade de desarmamento e reintegração d homens residuais da Renamo.
Falando perante embaixadores acreditados no país, o estadista defendeu que a consolidação da paz é um processo de interacção contínua entre vários segmentos da sociedade e exige a participação de todos .
Nyusi disse ainda que durante o ano prestes a terminar o país enfrentou desafios de varia ordem, sobretudo calamidades naturais que assolaram, em proporções graves, as regiões centro e norte do país.
Contudo, frisou,a economia continua a crescer a níveis próximos das projecções iniciais à despeito dos constrangimentos conjunturais, entre os quais a redução de preços dos principais produtos de exportação no mercado internacional e a oscilação da taxa de câmbio do metical face ao dólar no ultimo trimestre do ano.
Estes constrangimentos, mais do que desafiar a nossa capacidade de resistir a choques externos, constituem uma lição e uma oportunidade para aperfeiçoamento da nossa eficácia e eficiência das nossas intervenções, apontou o estadista.
Ressalvou que as medidas tomadas pelo Governo para a reversão desta situação têm estado gradualmente a surtir efeitos.
Agradeceu, na ocasião, aos parceiros que providenciam a modalidade de apoio geral ao orçamento e apoio programático sectorial, apoios que interferem positivamente no desenvolvimento do país e no bem-estar do povo.
Agradeceu, igualmente, os apoios recebidos no que refere aos aspectos de financiamento e assistência técnica das instituições regionais e multilaterais, incluindo os bancos e agências das Nações Unidas, do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Islâmico e do Banco Africano de Desenvolvimento.
Falando particularmente politica externa e de cooperação Nyusi assegurou que Moçambique continuará a privilegiar o respeito pelos acordos bilaterais e multilaterais, salvaguardando os interesses nacionais e a reciprocidade de benefícios, respeitando os preceitos na não ingerência nos assuntos internos.
O país continuará, também, a defender acções céleres no âmbito da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como forma de impulsionar a implementação da Agenda de Desenvolvimento pós- 2015 das Nações Unidas, adoptada em nova Iorque em Setembro último.
ORGULHOSOS COM TRABALHO FEITO
O Chefe de Estado moçambicano disse perante embaixadores e dinitários nacionais que o Governo se sente orgulhoso pelo trabalho realizado no ano prestes a findar, mas reconhece, que embora estejamos a caminhar com firmeza, ainda não estamos satisfeitos com os resultados alcançados.
Nyusi falava durante o cocktail oferecido no âmbito das celebrações do Natal e fim do ano que se avizinham e sublinhou que 2015 foi um ano iniciado com grandes adversidades, com maior realce para as calamidades naturais.
Repetiu o discurso que proferiu no encontro realizante quinta-feira com moçambicanos na diáspora, ressaltando que economicamente o ano prestes a findar foi atípico, caracterizado pelo fortalecimento do dólar americano face à nossa moeda, o metical, disse o Presidente da República.
Apontou, igualmente, que o ano foi caracterizado pela queda dos preços das matérias-primas que constituem a base das nossas exportações: carvão, energia, gás, alumínio, algodão e o açúcar.
Verificou–se a redução de exportações e o aumento das importações, referiu o estasdista, acrescentando que a capacidade financeira do país foi ainda associada à queda do investimento directo estrangeiro.
A dívida vencida nos primeiros nove meses duplicou, e por outro lado, os níveis de ajuda externa ao nosso país reduziram, explicou.
Salientou que a grande mensagem de fim de ano, é o apelo para um 2016 de muito trabalho para todos os moçambicanos elegíveis ao trabalho.
Informou que em 2016 o Governo conduzirá o processo para inversão na política de subsídios de importação para subsídios de produção, o que exigirá Isto significa maior rigor de investimento público.
Explicou que oGoverno já iniciou com a tomada de medidas de curto e médio prazos que respondam às necessidades de produção de bens essenciais.
Como temos vindo a dizer, todos os nossos esforços e objectivos, tendem a incentivar e estimular a produção, acompanhado com medidas de contenção de custos e promoção da cultura de poupança, frisou o Presidente da República.
