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MISÉ AMARCHANDE: Estátua de carne, alma de prata

Por Jornal domingo

TEXTO DE CARLOS UQUEIO

Em cada avenida da cida de de Maputo, há quem anda sempre apressado. carros “fast and furious”, vozes em alta frequência, corpos a correr atrás do susten to, do sonho, da sobrevivência. Mas no meio dessa coreografia urbana que não cessa, uma figura resiste ao movimento. Com os pés plantados na cal çada e o olhar fixo no infinito, uma jovem mulher quebra todas as regras da pressa moderna. Ela está parada. E é exactamente por isso que se torna impossível não notá-la.

Seu nome é Misé Amarchan de, tem 26 anos, vive no bairro de Infulene, zona da Manduca, no município da Matola. Encontrou na imobilidade uma forma de expressão. No meio do caos, ela é o silêncio que fala, a estátua viva que emociona. A sua arte não se aprende em ma nuais: nasce do peito, atravessa o corpo e se impõe no espaço público como um grito silen cioso.

“Sou ousada, atrevida, não tenho medo de arriscar”, afir ma, com uma convicção que não cabe em molduras.

Antes de vestir-se de bronze ou prata para as ruas, Misé já tinha trilhado outros palcos. Modelo, actriz e mestre de cerimónias. A jovem sempre foi uma intérprete da vida. Mas foi no silêncio absoluto da performance estática que ela encontrou o seu verdadeiro palco. Leia mais…

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