O Ministério Publico acusou e notificou ex-agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), que se encontram em prisão preventiva, desde Abril de 2021, pela prática de vários crimes, com destaque para roubo agravado, tráfico de droga, sequestro, associação criminosa, porte ilegal de armas proibidas, entrada abusiva em casa alheia e branqueamento de capitais.
Segundo consta um comunicado de imprensa enviado ao domingo, usando de informação a que tinham acesso como operativos, violaram os princípios e deveres profissionais, bem como o compromisso e juramento de bem servir à pátria e ao Estado moçambicanos.
Estes agentes foram denunciados na sequência da ocorrência de um acidente de viação, no bairro de Khongolote, no Município da Matola, envolvendo uma viatura de marca Toyota Land Cruiser, conduzida por uma cidadã nacional, durante uma perseguição protagonizada pelos agentes da PRM e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) afectos às direcções da Cidade e Província de Maputo, junto às Brigadas de Rapto e Criminalidade Organizada. Posteriormente raptaram a cidadã em causa.
Contra eles foi autuado o processo-crime pela Procuradoria Provincial de Maputo e, durante a instrução, constatou-se que os referidos agentes pretendiam apoderar-se de bens, drogas e valores monetários na posse da cidadã, uma vez que a mesma se dedica ao tráfico e venda estupefacientes. Para o efeito ameaçaram a cidadã em causa agrediram-na fisicamente, com recurso a armas de fogo do tipo Makarov e AKM.
De referir que o SERNIC instruiu processos disciplinares que culminaram com a aplicação da sanção de expulsão contra os visados, em Julho de 2021.
