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Mercado de Peixe abre próximo mês

Por admin

O novo mercado de peixe, localizado na zona da Costa do Sol, considerado o melhor centro de venda de pescado do município de Maputo, vai ser oficialmente aberto ao público nos meados do próximo mês de Dezembro.

A sua construção resultou de um co-financiamento dos Governos de Moçambique, em 90 milhões de meticais, e do Japão, com 12 milhões de dólares norte-americanos.

Construído numa área de um hectare, o novo mercado possui frigoríficos para conservar pescado, máquinas de produção de gelo, incluindo três tipologias de quiosques, designadamente dos tipos 1, 2 e 3.

Os quiosques do tipo 3, por sinal os maiores, possuem uma cozinha, arrecadação, uma sala onde se podem colocar mesas e poderá funcionar como um autêntico restaurante, com a vantagem de terem uma vista para o mar.

Nos quiosques do tipo 2 do novo mercado, de tamanho mais reduzido, não tem arrecadação, mas contém uma sala para servir aos clientes e uma cozinha para confeccionar as refeições.

Quanto aos quiosques do tipo 1, devido ao seu reduzido tamanho, terá apenas um balcão, diferentemente dos outros que possuem mais espaço para os vendedores do mercado.

Nota de destaque vai para o facto de todos os quiosques terem água e bancadas para lavar a loiça.

De acordo com o director municipal de Mercados e Feiras, Arnaldo Monteiro, entre 2014 e 2015, período em que começaram as obras de execução do novo mercado de peixe, verificou-se uma afluência de vendedores informais no actual mercado, incluindo de pessoas que já haviam abandonado o mercado e vendedores que desenvolvem a sua actividade nas imediações do mercado, que praticam o comércio de chá, pão, bebidas e artesanato na parte exterior do mercado.

No entanto, de acordo com Monteiro, esses vendedores não serão contemplados pelo facto de a sua actividade não se compadecer com um mercado de peixe.

Tal como referiu Monteiro, as condições que o novo mercado de peixe oferece, bem como a tipologia das bancas e quiosques ali instalados, estão acima das expectativas dos vendedores, com um nível estandardizado de infra-estruturas.

Com efeito, o novo mercado tem lugares para escamar e lavar o pescado, incluindo serviços de apoio aos vendedores, cinco bancas para a venda de condimentos para a preparação de mariscos, como salsa, coentro, tomate e outros e está equipado com um sistema de tratamento de águas residuais, devendo os resíduos sólidos serem conservados em frio para evitar que se exale cheiro.

Teremos um local para a recepção de pescado, sendo que o mercado vai ter gente especializada que percebe de peixe, que percebe de pescado, dará entrada numa recepção e fará passar para as bancas. Assim sendo, será feita uma avaliação para se detectar se o produto estará em condições de ser vendido. E mais: os vendedores irão entrar pela porta de serviços, porque haverá um processo de desinfecção dos vendedores          à entrada”, disse.

Por se constatar que havia necessidade de acomodar as vendedeiras de pescado que operam junto do Porto de Pesca de Maputo, foi negociada com a cooperação japonesa a instalação de 100 bancas no edifício principal do novo mercado de peixe.

Para o caso das barracas, apesar do número oficial ser de 44, o Conselho Municipal entendeu que se devia erguer um conjunto de 48 quiosques, mais quatro do oficialmente previsto, de modo a acomodar situações pontuais. Feita a contabilidade, o novo mercado de peixe possui 148 lugares, sendo 100 bancas e 48 barracas para a venda, processamento e confeccionamento de pescado.

De referir que, no novo mercado de peixe existem 164 espaços para o estacionamento de viaturas.

Quartos no mercado de peixe!?

Numa engenharia pouco comum, um cidadão decidiu construir perto de uma dezena de quartos para alugar, por umas horas a quem queira, como meio da sua subsistência.

Face à provável transferência dos vendedores para o novo mercado de peixe, o referido cidadão almejava ocupar um espaço a fim de poder continuar com a sua actividade de negócio.  

O cidadão em causa já foi informado que a sua actividade não está contemplada no novo mercado e que, pela sua natureza, não dignifica aquele lugar onde vão ser instalados os vendedores.

A pessoa em causa possui uma licença da Direcção de Turismo. Ele terá direito a um espaço,no novo mercado de peixe, mas para vender peixe e não para alugar quartos, disse Monteiro.

Benjamim Wilson
benjamim_wilson@yahoo.com.br

 

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