O Conselho Municipal da Matola está a proceder ao mapeamento das zonas susceptíveis a cheias e inundações em todo o território sob sua jurisdição e a colocação de placas da interdição da ocupação (construção) em bacias naturais como as de Liqueleva (Bairro Liberdade) e Mulumati (Bairro Bunhiça).
Paralelamente, para o escoamento das águas pluviais na terminal de transportes do Km 15, foram construídos recentemente aquedutos, duas novas passagens molhadas no troço Km 15/Nkobe e na Avenida das indústrias (Lusalite) e ainda um aqueduto na rua de Mutateia.
No âmbito do levantamento e cadastro das populações que vivem ao longo do canal entre a Avenida de Aviação e a Escola Secundária da Liberdade, foram registadas sete famílias no bairro da Liberdade e 18 no bairro de Fomento, estando em tramitação o processo para a sua transferência.
O Presidente do Município da Matola, Calisto Cossa, disse que alguns munícipes transferidos das zonas propensas a inundações para os locais seguros venderam os seus terrenos e regressaram a zonas de risco. Falando recentemente na Assembleia Municipal, o edil deplorou a falta de seriedade por parte de algumas famílias.
Cossa explicou que no período compreendido entre 2014 e 2015 foram identificadas zonas propensas a inundações e algumas famílias foram transferidas para novos bairros, mas depois venderam os novos terrenos e depois regressaram aos seus espaços anteriores.
Referiu que este fenómeno também é extensivo a algumas famílias reassentadas no âmbito da construção da Estrada Circular de Maputo.
Segundo Cossa, um outro problema que afecta a Matola, é a ocupação ilegal de terrenos. Como exemplo citou um caso ocorrido no bairro Siduava, onde o município decidiu remover material de construção encontrado numa exclusivamente zona industrial.
“Alguns cidadãos quando não conseguem espaços para a edificação de construções procuram na Matola sem respeitar as normas existentes”, disse.
