A marinha de guerra italiana encontra-se em Moçambique e durante dois meses trocará experiências com sua congénere moçambicana na luta contra a pirataria marítima no Oceano Índico.
O navio de patrulha Borsini, que integra o 30º Grupo Naval já se encontra no país há quase duas semanas e veio acompanhado por três navios, dentre estes um porta-aviões Cavour.
A marinha de guerra italiana vai realizar, com a sua congénere moçambicana, treinamentos para diversas actividades, nomeadamente: tripulações em clima tropical e em mar aberto; protecção do transporte comercial nacional e internacional; luta contra a pirataria e tráfico ilegal e resgate de pessoas no mar em casos de acidentes.
“Para nós, é um grande prazer poder colaborar e ajudar a marinha de guerra moçambicana. É uma actividade que nos vai permitir aumentar a confiança recíproca entre as duas marinhas e contribuir para a segurança global”, disse o comandante do 30º Grupo Naval, o vice-almirante Paolo Treu a bordo do porta-aviões Cavour.
Sublinhou que o grupo naval sob seu comando não fomenta a guerra. Explicou que a presença da marinha de guerra italiana em Moçambique não tem nada a ver com a tensão político-militar que se vive , inserindo-se no quadro de uma cooperação militar e troca de experiência no combate à pirataria no Oceano Índico.
“Nós não fomentamos guerra. O desarmamento global seria a coisa mais bela do mundo. Eu sou a favor do desarmamento global. Todavia, o desarmamento global, infelizmente, é uma utopia”, referiu.
O vice-almirante encorajou a marinha de guerra moçambicana a tirar o maior proveito da sua congénere italiana, visto que tem uma ampla experiência na luta contra a pirataria, pois há muitos anos que patrulha no Oceano Índico, operando no contexto de missões europeias e da Organização do Tratado Atlântico do Norte (NATO).
Idnórcio Muchanga