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Mais de noventa famílias nos centros de acolhimento

Por admin

Subiu para noventa e nove o número de famílias afectadas pelas chuvas intensas que se fazem sentir na província e cidade de Maputo, abrigadas em diferentes centros de acolhimento transitório e sob assistência do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

Do universo acima referido, 36 famílias estão na Manhiça, albergadas num centro de acolhimento em Xinavane; e 33 estão acomodadas em Ndlavela, na Matola.

Na cidade de Maputo, o INGC abrigou 19 famílias num centro de acolhimento no distrito Kamavota e 11 no distrito Kamubucuane.

A porta-voz do INGC, Rita Almeida, revelou que estas famílias estão a receber kits de produtos alimentares, higiene e saneamento. Salientou ainda que a situação é delicada uma vez que as inundações provocadas pelas chuvas afectaram não só famílias como também infraestruturas e culturas agrícolas.

De acordo com a Direcçao Nacional Das Aguas (DNA) o cenário hidrológico na região sul revela-se ainda preocupante. Até hoje, domingo, a bacia de Limpopo em Combomune e Chókwè continua acima do alerta com tendência de subir devido as contribuições a montante, podendo a estação de Xai-Xai atingir níveis de alerta.

Nas bacias hidrográficas dos rios Maputo (em Madubula) e Incomáti (em Ressano Garcia e Magude) prevê-se até hoje níveis oscilatórios com tendência a baixar, mas mantendo-se acima do alerta, sobretudo, no rio Maputo.

Para a monitoria da situação, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) possui em prontidão comités de alerta e dez barcos que se encontram distribuídos pelas diferentes zonas de risco. Neste âmbito, Moamba, Boane e Magude possuem cada uma delas, duas embarcações, sendo que Magude conta com quatro barcos. De referir que cada embarcação conta com uma equipa de Unidade Nacional de Proteção Civil (UNAPROC) composta por 3 a 6 elementos, incluindo agentes da Cruz Vermelha.

De acordo com o representante da Administração Regional das Águas (Ara-Sul), Belarmino Chivambo, as enxurradas registadas na semana passada, provocaram o transbordo do Rio Incomáti na baixa de Incoluane. Entretanto, para manter a monitoria, a Ara-Sul procedeu à operacionalização de algumas barragens com vista a minimização da situação.

“Dada a actual situação tivemos que encerrar as comportas da barragem de Corrumane. O rio Umbeluzi chegou a atingir um pico de caudal de 300 metros cúbicos por segundo. Dado o elevado nível deste rio, reduzimos a descarga na barragem dos Pequenos Libombos para 20 metros cúbicos por segundo de forma a permitir o amortecimento das ondas”, explicou, acrescentando que a mesma medida de contenção de descargas estava a ser igualmente realizada na Bacia de Limpopo.

Luísa Jorge

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