Texto de Idnórcio Muchanga
A Administração Marítima de Inhambane está numa operação de captura ou abate do tubarão que tem espalhado o clima de terror na população há duas semanas, na Baía daquela província, e que já causou a morte de uma pessoa.
No entanto, a bióloga Sandra Silva, especialista em Zoologia, da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), afirmou que a captura do animal não vai resolver o problema, uma vez que não há garantias de que se trate do mesmo tubarão que matou uma mulher e amputou os braços de um pescador.
“O tubarão não vive sozinho, vive em grupo. Há espécies diferentes de tubarões e duas delas, o tubarão touro e o tubarão tigre, têm capacidade de viver em águas com pouca profundidade, o que significa que pode haver na Baía de Inhambane mais do que um tubarão”, esclareceu a bióloga, citada pelo Jornal Notícias de Moçambique.
Neste sentido, a especialista aponta para a necessidade de se fazer um estudo para se apurar qual a espécie existente no local, seguido de um trabalho de sensibilização às populações sobre os cuidados a ter para evitar ataques, acrescentando ainda que a morte de um tubarão pode trazer consequências graves para a biodiversidade marinha.
Texto de Idnórcio Muchanga
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