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Importadores garantem estabilidade de preços nas festas

Por admin

O Mercado Grossista de Zimpeto começou a registar um movimento típico da quadra festiva. São vários os camiões que entram idos de diversos pontos das províncias de Gaza, Inhambane e Beira a procura de produtos frescos que são comercializados 

naquele local. Outros são comerciantes particulares que procuram hortícolas para o consumo próprio e revenda nos seus bairros de origem. Os preços continuam estáveis e os micro importadores garantem que poderão manter, sobretudo se não forem prejudicados pela chuva.

 

O Mercado Grossista de Zimpeto consome, em condições normais, cerca de 230 toneladas de tomate por dia, 30 toneladas de batata e 20 toneladas de cebola, sem contar com os legumes, nomeadamente, cenoura, o pimento, o repolho e pepino, alguns dos quais estão a apresentar um incremento na produção nacional, diferentemente dos outros anos. 

Com aproximação da quadra festiva prevê-se que as quantidades consumidas aumentem e que diariamente cresça o movimento de compradores, sendo que os dias de pico, segundo apuramos, poderão se registar a partir do próximo dia 20, altura em que a maior parte dos trabalhadores terá auferido os seus salários.

Dados em nosso poder indicam que o plano dos comerciantes ali estabelecidos é de colocar à disposição dos consumidores cerca de 900 mil sacos de batata, 700 mil sacos de cebola, mil caixas de tomate e mais de 150 mil caixas de ovos.

Para evitar a especulação de preços a Associação de Micro Importadores (AMIM) aumentou a capacidade de oferta porque, neste período a demanda é maior. Acredita-se que com esta medida será possível estabilizar os preços ou até baixá-los.

Nestas alturas do ano, uma parte da produção nacional está a concorrer com os produtos importados. Numa ronda efectuada pelo mercado grossista foi possível ver tomate proveniente de Chibuto, Chókwè, distritos da província de Gaza, outras quantidades são provenientes de Moamba, Goba, província de Maputo.

Do Posto Administrativo de Catuane existem dois projectos agrícolas que estão a fornecer 2500 e 1500 caixas de tomate por dia, respectivamente, com a perspectiva de duplicar essa oferta até o final desta semana. Estas quantidades vêm se juntar ao tomate importado da vizinha África do Sul como forma de colmatar o défice.

O único produto nacional que não se encontra disponível é a batata Reno, pois este é produzido, sobretudo, nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, por essas alturas toda mercadoria existente é importada. “Nos próximos anos gostaríamos de falar da produção de batata nacional, nos meses de Novembro e Dezembro também. Acreditamos que se trata de uma questão de maior organização dos próprios agricultores. O apelo é que o governo potencie o agricultor, quer do ponto de vista técnico como financeiro a produzir batata nestas alturas do ano, para que o abastecimento seja nacional e não dependa da importação” disse Fernando Matusse, presidente da AMIM.

Devido aos problemas das vias de acesso que levam às machambas, os importadores, esperam que as chuvas abrandem, uma vez que a maior parte das estradas são de terra batida e muitas vezes lamacentas, caso contrário poderá se verificar um ligeiro agravamento de preços.

A título de exemplo, caso não chova os produtores de Catuane prometem tirar, nos próximos dias, 20 camiões de tomate por dia. Estas quantidades não incluem as que vem de Moamba, Goba, Chibuto e Chókwè.

“O tomate nacional tem uma qualidade que supera o importado sendo, por isso, relativamente mais caro. Os custos de produção também contribuem para que o preço seja um pouco puxado. O nosso tomate tem qualidade para exportação mas nós, apenas, consumimos”, sublinhou.

Outro produto nacional que está às “moscas” no Zimpeto é a cebola em quantidade e qualidade suficiente para disputar espaço com a importada, o que dá a capacidade de escolha para os consumidores. O mesmo acontece com o pimento e a cenoura nacional que se difere em tudo da sul-africana, apesar dos nossos produtos terem problemas de embalagem.

“A nossa intenção é fazer melhor que o ano passado, no que concerne a estabilidade de preços, infelizmente ficamos à mercê da chuva, todos sabem que alguns produtos como o tomate são tirados directo das machambas para a venda”, concluiu.

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