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Graduados 229 professores em Cuamba e Sanga

Por admin

A província do Niassa graduou recentemente, em duas cerimónias separadas, 229 professores do Nível 10ª+1, sendo 175 no Instituto de Formação de Professores Belmiro Obadias 

Muianga, em Cuamba, e 54 na Escola de Formação “Professores do Futuro”, da ADPP, em Nsaúca, distrito de Sanga.

Na Escola de Nsaúca a nossa reportagem soube que ao longo do ano foram realizadas várias acções integradas na formação dos novos educadores, sendo de destacar organização de seminários, implementação de pesquisa escolar, produção de diversas culturas hortícolas, numa área de 16 hectares, para além de fornecer a cada formador um laptop para trabalhos de pesquisa e planificação de aulas.

E considerando que em Niassa existe um número considerável de professores do ensino primário graduados nos anos anteriores, sem colocação, a Secretária Permanente Provincial, Verónica Ernesto Langa, disse que todos eles serão absorvidos pelas províncias vizinhas de Cabo Delgado, Zambézia, Nampula e Tete.

Entretanto, Langa enalteceu o papel da Educação, considerando-a um sector-chave para a redução da pobreza e para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, que preconiza, nesta área, que o país alcance a escolarização universal de todas as crianças até ao ano de 2015.

A Secretária Permanente deu a conhecer, na altura, que em toda a província o governo contratou na presente época lectiva 432 docentes, contra os 500 do ano passado. Apesar do défice, que tem provocado algum descontentamento no seio dos graduados, o governo do Niassa reafirmou que vai empreender esforços no sentido de absorver todos os professores com formação psico-pedagógica, mesmo que isso exija recorrer a outras províncias do país.

Por sua vez, José Luis Barbosa, director nacional adjunto do ensino secundário, que representou o Ministério da Educação nas duas cerimónias de graduação, pediu aos recém-formados para assumirem a função de docência com responsabilidade, profissionalismo e seriedade, alertando que a sociedade exige que no seu seio que os professores sejam íntegros, zelosos, reflectivos, proactivos e, sobretudo, comprometidos com a causa do país e dos moçambicanos.

Falando da melhoria da qualidade de ensino e da expansão da rede escolar, Barbosa sublinhou que o governo está a envidar esforços para que a escola esteja mais próxima das comunidades, minimizando o rácio aluno-professor e evitando que nos próximos tempos nenhum aluno estude sentado no chão ou debaixo duma árvore, o que implica, segundo ele, a combinação de esforços com as comunidades, mobilizando e sensibilizando-as para melhor compreenderem os principais problemas que afectam a qualidade de ensino no nosso país.

Numa das suas dissertações, José Barbosa instou, igualmente, os graduados a promoverem a auto-estima nos alunos, ensinando-lhes, a partir dos conteúdos programáticos, a valorizar o que é da sua própria família, o que é do próximo e o que é de pertença comum e do Estado.

 “Ao aluno deve ser ensinado a respeitar e a amar a natureza; deve desenvolver, de forma científica e patriótica, os valores culturais, sociais, morais e éticos que o identificam como moçambicano”, disse o representante do Ministério da Educação, a terminar.

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