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Governo local acusa população de vandalizar fontanários

Por admin

O governo de Moamba, província de Maputo, acusa a população residente na vila-sede do distrito de estar a vandalizar os fontanários ora montados nos bairros, como forma de protesto às 

cobranças que são feitas para se ter o acesso à água.

Segundo a administradora do distrito, Maria Ângela Manjate, dos 29 fontanários reabilitados, no âmbito das novas estratégias do Governo conducentes ao alargamento do sistema de abastecimento de água, três foram vandalizados pela população, alegadamente porque no passado não desembolsavam valores pecuniários pela água e não querem que haja alterações nesse aspecto.

Os vândalos são indivíduos ainda desconhecidos e actuam na calada da noite, aproveitando-se, de certa maneira, da insuficiência de homens da Lei e Ordem de que o distrito se ressente.

Reconhecendo que estes actos trazem prejuízos, tanto para o Governo, assim como a população, a administradora do distrito revelou que há trabalhos em curso nas comunidades com vista a sensibilizá-las a mudarem de comportamento, uma vez que o dinheiro vindo da venda da água serve para manter o estado dos próprios fontanários.

Aquela governante recuou no tempo para lembrar que, no passado, a água canalizada não chegava para todos os moradores do distrito e, como alternativa, as pessoas recorriam o rio Incomati que atravessa o distrito.

“Esta situação levou-nos a reflectir e decidir pela ampliação e reabilitação dos fontanários, uma acção que nos obriga a efectuar cobranças de forma a garantirmos a manutenção destas infra-estruturas”, explicou Maria Ângela Manjate.

Entretanto, segundo referiu, a medida não agradou uma parte da população que acha que está a ser injustiçada.

Apesar desses episódios,domingo constatou no terreno que, de uma forma geral, a população acolheu a iniciativa de bom grado, uma vez que já tem disponível água propícia para o consumo, sendo que uma lata ou bidão de 20 litros custa apenas dois meticais.

Ainda em conversa com alguns utentes, ficamos a saber que existem, nas comunidades, alguns fontanários que desde que foram reabilitados nunca foram usados, devido à falta de um fiscal.

Nos locais onde já operam obedece-se ao seguinte horário: no período da manhã funcionam das 6 às 9 horas e à tarde, das 16 às 18 horas.

Para facilitar a administração do sistema, o governo local instruiu a população no sentido de escolher, em cada bairro, um indivíduo para prestar serviço de fiscalização, ao que alguns bairros responderam satisfatoriamente, enquanto outros não. 

Recorde-se que o governo de Moamba desenvolveu trabalhos de melhoramento do sistema de abastecimento de água desde 2011, tendo terminado no passado mês de Junho. O sistema, que foi concebido para abastecer mais de 30 mil famílias, serve apenas um total de duas mil e 504 famílias da vila-sede e 700 pessoas de Pessene.

PASSAR PARA GESTÃO PRIVADA

Os agentes económicos do distrito de Moamba entendem que o sistema de abastecimento de água naquele ponto da província de Maputo deve passar a ser gerido pelos privados.

Este posicionamento foi apoiado pelo governo local, que reconhece que o actual sistema de abastecimento não chega para todas as casas.

Facto a destacar é que em Moamba, nas actuais condições, ninguém está autorizado a canalizar água para a sua residência, sendo por isso que se acredita que com a entrada em funcionamento do serviço privado de abastecimento do precioso líquido, as pessoas terão a possibilidade de requerer a sua instalação.

O processo de avaliação e selecção dos concorrentes para aquele serviço já deveria ter começado, mas ficou ainda sem efeito, pois o órgão regulador dos pequenos sistemas de água ainda não elaborou o perfil da entidade ou indivíduo que pode explorar a actividade.

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