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GAZA – Investidos 12 milhões na produção de arroz no Baixo Limpopo

Por admin

O MINISTÉRIO da Agricultura e o GAPI disponibilizaram, na última safra, 12 milhões de meticais para financiamento da campanha agrícola no regadio de Xai-Xai, numa perspectiva que visava, essencialmente, viabilizar a produção de arroz nas terras do bloco de Ponela.

O facto foi revelado por Armando Ussivane, presidente do Conselho de Administração da empresa Regadio do Baixo Limpopo (RBL) no decurso dos trabalhos do III Conselho Coordenador da Direcção Provincial da Agricultura de Gaza, que teve lugar semana finda, no Chibuto.

Com esta contribuição, de acordo com Armando Ussivane, os agricultores conseguiram produzir mais de três mil e seiscentas toneladas de arroz, num rendimento médio por hectare de cerca de quatro toneladas e meia.

Contudo, segundo a fonte, razões associadas a vários factores contribuíram para que até este momento, o nível de devolução dos créditos concedidos se situe, em média, na ordem dos 31 por cento, sendo citados como alguns dos constrangimentos, fundamentalmente, os ligados aos baixos rendimentos registados pelos agricultores.

Conforme foi referenciado no decurso do Conselho Coordenador do sector da Agricultura, em Gaza, há ainda a destacar o papel prestado aos utentes da zona dos “machongos” pela Cooperativa dos Produtores do Limpopo (CPL), baseada na cidade de Chókwè, pelo facto de ter desembolsado pouco mais de um milhão e 562 mil meticais, para as actividades daqueles camponeses, maioritariamente, organizados em associações de produtores em Siaia e em Poiombo, no distrito de Xai-Xai.

MELHORAR ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Para se garantir alguma tranquilidade no seio dos produtores, particularmente na comercialização do arroz, foram criadas pela empresa Regadio do Baixo Limpopo, condições junto de unidades de processamento daquele cereal, designadamente a MIA, na cidade de Chókwè, e a empresa chinesa Wanbao, cujo contrato, de acordo com Armando Ussivane, incluiu, igualmente, o fornecimento de semente por parte daquelas entidades.

“Entretanto, devido aos baixos rendimentos obtidos por alguns agricultores na cultura do arroz no bloco de Ponela, decidiu-se acrescentar valor ao arroz, descascando-o e, posteriormente, se procuraram mercados alternativos em Gaza e Maputo, cujas negociações não surtiram efeitos devido ao preço proposto pelos interessados e também devido à concorrência do arroz importado que está a preços mais baixos”, disse Ussivane.

Relativamente a outras culturas como é o caso de hortícolas, por não existir ainda um mercado forte e seguro identificado, decorrem estudos que visam, futuramente, acrescentar valor e conservar produtos frescos para sua posterior comercialização.

Refira-se que o III conselho coordenador da Direcção Provincial da Agricultura de Gaza, que decorreu semana passada, na cidade do Chibuto, tinha como objectivo efectuar o balanço da campanha agrícola 2011/2012 e harmonizar as abordagens e estratégias de actuação da campanha em curso, tendo em conta os pilares do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA) e o compromisso de se garantir um crescimento anual na ordem dos sete por cento.

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