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Gaza arrecada mais de 30 milhões de meticais

Por admin

O rendimento da actividade económica global da província de Gaza, no último semestre, foi de 30 milhões, 276 mil e 99 meticais, cifra que se considera muito significativa, já que a meta estabelecida para o presente ano é de perto de 37 milhões de meticais.

Segundo soube o domingo, os maiores contribuintes das receitas são as áreas da agricultura, comércio, transportes e pescas. Graças aos esforços do governo local na distribuição pontual de sementes certificadas e outros insumos agrícolas, conjugados à determinação dos produtores no aproveitamento cabal da humidade existente na época pós-cheias, foi possível atingir margens valiosas de produção agrícola. Mesmo os distritos que se localizam em regiões semi-áridas, como Chigubo, Massangena, Mabalane e Chicualacuala, tiveram um contributo significativo no aumento dos índices de produção.

Em termos reais, as culturas que tiveram uma maior comparticipação na produção global foram a mandioca /com 985 mil e 307 toneladas), a batata-doce (com 706 mil e 756 toneladas), o milho (com 407 mil e 416 toneladas), a melancia (com 127 mil e 751 toneladas), o amendoim (com 50 mil e 970), o tomate (com 47 mil 941), o feijão-nhemba (com 34 mil 54) e, finalmente, o arroz com 21 mil e 896 toneladas.

Segundo a responsável do Plano e Finanças em Gaza, Maria Emília, a indústria de agroprocessamento, apesar de ter atingido pouco mais de 50 milhões de meticais em receitas, não conseguiu alcançar os níveis desejados por causa das inundações de Janeiro último que provocaram a destruição de infra-estruturas de assistência sanitária e áreas de pasto, colocando os efectivos de animais vulneráveis e com baixo peso. Os efeitos derivados da destruição da linha férrea, que impossibilitaram a evacuação de animais para locais mais seguros da província de Gaza, estão também na lista dos factores adversos.

O exemplo que se pode dar deste fracasso no decréscimo da produção de manufactura reside no facto de só ter rentabilizado pouco mais de 88 milhões de meticais, contra a meta estabelecida de pouco mais de 196 milhões de meticais por causa da paralisação operativa de certas unidades de processamento nos distritos de Xai-Xai e Chókwè.

No sector das pescas, o nível de receitas de Gaza foi de pouco mais de 304 milhões de meticais, tendo, para o efeito, contribuído eficazmente os distritos de Massingir, Xai-Xai, Chibuto e Mandlakadzi.

TURISMO EM ALTA

Enquanto isso, segundo dados em nosso poder, o sector de turismo tem registado paulatinamente um crescimento considerável na acomodação e aumento de movimentos de turistas nacionais e estrangeiros. A capacidade instalada de dormidas que se verificaram no último semestre foi de 29 mil e 893 camas em diversas unidades hoteleiras de Gaza, das quais perto de 16 mil são de operadores nacionais e perto de 14 mil de operadores estrangeiros.

O que originou este aumento de capacidade instalada na área do turismo foram os diferentes eventos que os operadores desencadearam com o apoio do governo provincial, com vista a se fazer melhor aproveitamento do potencial turístico existente em Gaza. Estes investimentos impulsionaram significativamente o movimento turístico, na medida em que a província acolheu, no último semestre, perto de 14 mil hóspedes nacionais e estrangeiros nos distritos de Massingir, Chibuto, Mandlakadzi, Chókwè, Chibuto, Bilene, Chicualacuala e na cidade de Xai-Xai.

De acordo com os indicadores, a comercialização de produtos agrícolas e pecuários permitiu que se alcançasse mais de três milhões de meticais, contra pouco mais de dois milhões que o sector tinha planificado. São três factores importantes que resultaram neste incremento produtivo, nomeadamente, a expansão da rede comercial registada nas principais cidades, distritos, postos administrativos e localidades; a intensificação do controlo de comercialização com a realização de feiras agrícolas; ocorrência de mais abates de animais de pequenos ruminantes e galináceos (aves), como forma de se inverter e contrapor os efeitos que resultaram das cheias com enfoque para o sector agrícola de Gaza.

Dificuldades e desafios

Os esforços de mitigação e eliminação da condição de pobreza das comunidades na província de Gaza são feitos no meio de adversidades naturais como as cheias, que tendem a ser cíclicas; a degradação do estado do parque automóvel governamental, que poderia melhorar a monitoria de actividades sociais e económicas no interior da província; a exiguidade de recursos humanos qualificados e equipamento informático susceptíveis de maior incentivo na produção local e global da província.

Também se enquadram nas dificuldades a insuficiência da disponibilidade orçamental; o desembolso tardio de fundos prometidos por parceiros de cooperação para certos investimentos de desenvolvimento social e económico; a escassez de infra-estruturas próprias por parte do Instituto Superior de Administração Publica (ISAP) e do Sistema de Formação em Administração Publica (SIFAP), para se aperfeiçoar os níveis de desempenho de funcionários públicos, bem como a inacessibilidade das áreas produtivas por causa das condições das vias de acesso aos locais afectados pelas inundações.

Para se fazer face aos constrangimentos impostos, o Governo de Gaza definiu linhas de inversão, através de desafios na requalificação de zonas de risco, bem como do reassentamento das populações em zonas de maior segurança e da reabilitação de diques de protecção, para além da reabilitação da barragem de Massingir.

Também o executivo perspectivou o melhoramento do sistema de drenagem em zonas baixas e limpeza de respectivas valas, a disponibilidade atempada dos factores e meios de produção agrícola para a segunda época, a mobilização de recursos para a reabilitação dos sistemas de regadio destruídos pelas últimas cheias, a redução dos índices de prevalência do HIV/Sida e a continuação dos esforços de alocação da rede de energia eléctrica em todos os cantos da província de Gaza.

Artur Saúde

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1 comment

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