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FIPAG melhora distribuição de água

Por admin

O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) está a trabalhar no sentido de melhorar a rede de abastecimento de água na província e cidade de Maputo,

 instalando condutas de transporte de água, através dum projecto, denominado Maputo Water Suppy Project Extension (MWSP-E), avaliado, ao todo, em cerca de 95 milhões de euros.

 

O plano é financiado pelo Governo moçambicano e pelo Director da Agência Francesa em Moçambique consistirá no melhoramento da distribuição de água nas duas autarquias, onde o sistema não conseguia responder à demanda.

Está, igualmente, prevista a reabilitação de alguns componentes obsoletos da antiga estação de captação de água bruta, equipamento electromecânico e substituição de bombas, sendo que os tubos a serem enterrados poderão ter uma duração de cerca de 50 anos. Em alguns casos chegam a resistência ultrapassa os 100 anos, dependendo das condições climáticas e as características do solo onde são instalados.

Quanto à dimensão do material, são colocados 900 mililitros para um percurso de aproximadamente 63 quilómetros, ao longo das avenidas, e o mínimo de 110 mililitros são instalados nas ruas.

No que diz respeito à extensão, ao todo, será de cerca de 700 quilómetros da rede de distribuição em diâmetros maiores, para permitir escoar uma elevada quantidade de água, a partir de centros distribuidores para as áreas de consumo.

Conforme ficamos a saber, as obras vão abranger a reserva do centro distribuidor do Alto Maé, que actualmente tem uma capacidade de armazenamento de 4 mil e quinhentos mil metros cúbico. Contudo, pretende-se aumentar a capacidade actual e construir novos distribuidores para aumentar a pressão de água nos bairros de Alto Maé, Central, Malanga, Maxaquene, Polana, Chamanculo, Benfica, entre outros, o que vai conferir maior autonomia da reserva.

No âmbito da expansão dos serviços para novas áreas, está a ser finalizado o projecto executivo para a construção de novo centro distribuidor de Intaka, na zona norte do município da Matola. Prevê-se que venha abastecer a população de Intaka, Zimpeto, Khongolote, Boquisso e Mali. As obras vão consistir num depósito de 5 mil metros cúbicos e uma torre elevada de 250 metros cúbicos, segundo Pedro Paulino, Director-geral do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água.

 

MAIS DE UM MILHÃO COM ÁGUA

Com a conclusão das obras de instalação de tubos para transporte de água, pretende-se abranger cerca de 1 milhão e quinhentos mil consumidores na cidade e província de Maputo, contrariando asanteriores 170 mil ligações domiciliárias. Entretanto, Pedro Paulino manifestou seu descontentamento em relação à existência de bairros sem arruamentos, tais como Maxaquene, Chamanculo, Polana Caniço, Mafalala, entre outros bairros, que “dificultam o decurso normal das obras de instalação de tubos de transporte de água”.

É que os trabalhos devem cumprir um padrão sócio ambiental e quando se depara com bairros não parcelados, esse facto embaraça a estrutura do alinhamento de tubos, conforme informações avançadas pela instituição.

 Para ultrapassar estes problemas, o FIPAG pensa em criar soluções diversificadas, envolvendo as estruturas locais e a comunidade, reestruturando o bairro, através da abertura de ruas para permitir a passagem de tubagem.

A título de exemplo, nos anos anteriores no bairro de Maxaquene foi feita uma abordagem junto das estruturas locais para permitir a abertura de ruas para a colocação de tubagem. “Na altura, quando nos aproximamos, a comunidade mostrou-se um interesse em colaborar com a instituição”, disse Paulino.

 

ABERTURAS DIFICULTAM TRÂNSITO

Numa ronda efectuada pela nossa Reportagem nos dois municípios, nas Avenidas União Africana, Acordos de Lusaka, Josina Machel, Eduardo Mondlane, FPLM, entre outros locais, constatamos que os tubos são enterrados ao longo dos passeios públicos, a uma profundidade de seis metros. Nota negativa vai para o facto de essa acção estar a dificultar o trânsito de peões, que se vêm obrigados a caminhar na estrada, disputando este espaço com viaturas.

Entretanto, no que tange ao tapamento desses buracos o Director-geral avançou que a responsabilidade é da instituição em coordenação com o Conselho Municipal, de repor os danos depois das actividades e, por enquanto, “garantimos que existe uma articulação com Conselho Municipal das duas cidades no sentido de as obras não interferirem na estética da cidade e no funcionamento rodoviário, após a sua conclusão”.

 

2.9 MILHÕES DE EURO PARA ESTAÇÃO DE UMBELUZI

O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG)investiucerca de 2.9 milhões de Euros, financiado pelo Governo moçambicano, através do Fundo de Orçamento do Estado, para reabilitar e modernizar os equipamentos electromecânicos na unidade de tratamento de água para as duas autarquias.

A unidade de tratamento de água foi inaugurada pelo Presidente da República, Armando Guebuza.

Na estação de Umbeluzi operam três unidades de tratamento de água e todas foram entrando em funcionamento gradualmente à medida que a procura de água foi sendo maior devido ao incremento populacional.

Trata-se da Estação número 1, designado ETA1; a Estação número 2, denominada ETA2, a mais antiga, e a terceira que entrou em funcionamento em 2011, cognominado ETA3, reconstruída e apetrechada com um equipamento moderno.

Para além da reconstrução de Estação 3 que consistiu no aumento da capacidade de transporte de água, foram construídos cerca de105 distribuidores que não estavam previstos no município da Matola, concretamente nos bairros em via de expansão, tais como Tsalala, Boane, Matola Rio e Belo Horizonte. Na cidade de Maputo foram construídos distribuidores para assegurar o abastecimento de água no bairro de KaTembe.

“Com a entrada em funcionamento a nova estação de tratamento de água, passamos a ter uma capacidade de produção nominal de cerca de 240 mil metros cúbicos por dia, ao contrário do anterior 144 mil metros cúbicos, proporcionadas através de três unidades de tratamento”, referiu Pedro Paulino.

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