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FIGURAS E FACTOS 2016: Tragédia de Caphiridzange

Por admin

No dia 17 de Novembro de 2016, o país acordou com uma notícia dramática: Setenta e três cidadãos moçambicanos tinham perdido a vida em consequência de explosão de um camião-cisterna que carregava combustível na localidade de Caphirizange, distrito de Moatize, província de Tete.

O rescaldo do sinistro apontava claramente para a gravidade da situação, atendendo ao estado crítico dos feridos, que ditaria aumento de número de mortos nos dias que se seguiram.

O acontecimento ditou comoção nacional e induziu três dias de luto. Contas finais revelam que cento e quatro pessoas morreram.

Mais: famílias inteiras desapareceram, outras ficaram reduzidas e no final cento e trinta crianças ficaram órfãs.

A tragedia de Caphirizange destaca-se, pela gravidade, como um dos acontecimentos negativos de 2016, tendo espevitado no país, uma corrente de solidariedade sem paralelo.

Todas as províncias do país (sublinhe-se, todas) exprimiram sentimentos de pesar e ofereceram apoio em víveres e dinheiro.

Não podemos deixar de enaltecer, aqui, o abnegado esforço do pessoal medico e paramédico, que trabalhou sem olhar para o relógio e por vezes em condições adversas.

Foi colocada a prova a capacidade dos moçambicanos de entreajuda e de esboço de resposta no contexto de emergência severa.

Uma palavra de apreço vai também para o Governo que prontamente providenciou apoio multiforme para as cerca de as 175 pessoas afectadas.

Um dia apos a ocorrência, promoveu um Conselho de Ministros extraordinário, tendo mobilizado ao terreno uma comissão ministerial que trabalhou em coordenação com o Governo provincial de Tete e distrital de Moatize.

A equipa do Governo foi liderada pela ministra da Administração Estatal, Carmelita Nhamashulua, acompanhada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, pelo vice-ministro Saúde, Mouzinho Saide e pelo director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Osvaldo Machatine.

Moçambique livre da poliomielite

 

Outro acontecimento de vulto em 2016 é a erradicação da pólio. No dia 11 de Julho, o Ministério da Saúde (MISAU) anunciou formalmente que Moçambique foi certificado, a partir de 1 de Julho, como país livre da poliomielite, doença altamente infeciosa causada por um vírus que afecta principalmente crianças com idade inferior a cinco anos.

O vice-ministro da Saúde, Mouzinho Saíde, que deu a informação em conferência de imprensa na capital do país, disse que a certificação é um marco muito importante na história da saúde no país juntamente com outras metas como a eliminação, em 2008, da lepra. A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença infecciosa aguda que ataca, sobretudo, crianças com idade inferior a cinco anos e provoca paralisia dos membros inferiores.

Na maioria dos casos os doentes não apresentam sintomas, mas quando aparecem são graves e incluem atrofia dos membros.

Pontes móveis para o INGCMoçambique conta desde 15 de Dezembro com dez pontes metálicas móveis adaptadas para aproveitamento em situações de emergência. Custaram cerca de 11,9 milhões de dólares americanos, inteiramente suportados pelo Estado moçambicano.

 

 

Fonte do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) assegurou que as pontes móveis estarão estacionadas numa primeira fase no distrito de Mocuba, na Zambézia.

As novas pontes, cujas dimensões variam de 21 a 75 metros de comprimento, estão em condições de suportar até 60 toneladas de peso. As pontes são transportadas em camiões de especialidades diferentes consoante a natureza de lançamento que fazem.

Inaugurado Hospital Central de QuelimaneFoi, sem dúvida, um dos principais acontecimentos de 2016. Foi inaugurado o primeiro hospital central construído no pós-independência. O Hospital Central de Quelimane possui uma capacidade de internamento de seiscentas camas e tem valências em todas as especialidades médicas.

 

 

Trata-se de uma importante infra-estrutura que irá garantir melhor assistência aos doentes do país e da região. Ainda em 2016, foram concluídos os hospitais distritais de Monapo (em Nampula) e de Mapai (norte de Gaza).

Em 2016 foram, no total, erguidos e apetrechados dezasseis novos centros de saúde no Centro e Norte do país.

 

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