Texto de André Matola
A Associação dos Farmacêuticos de Moçambique (AFM) está a preparar o seu primeiro congresso que terá lugar na capital do país entre 26 e 27 de Março próximo. Segundo o moçambicano Lucílio Williams, Presidenta da Associação dos Farmacêuticos de Língua Portuguesa, no Congresso de Maputo deverão tomar parte cerca de 200 farmacêuticos, entre nacionais e estrangeiros.
Serão temas de debate, a Formação e Diferenciação Profissional; Regulação Farmacêutica; Desafios Actuais do Circuito do Medicamento; Papel do Farmacêutico nas Doenças Crónicas e Grandes Pandemias em Países em Vias de Desenvolvimento; Novo Modelo de Farmácia Comunitária e também será realizado um workshop sobre matérias relacionadas com a Farmácia Hospitalar.
Neste evento, que contará com a presença da ministra da Saúde, Nazira Abdula, estarão outras distintas figuras do sector, nomeadamente o Director Nacional de Assistência Médica, a Directora do Departamento Farmacêutico do Ministério da Saúde, o Director dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Central de Maputo (HCM), o Director e Director Adjunto da Direcção Nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), entre outros.
De Portugal virá o actual e o ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Maurício Barbosa e Aranda da Silva, respectivamente, e de Angola deverão chegar 41profissionais do sector liderados pelo respectivo bastonário.
Cabo Verde far-se-á representar através do Director Nacional de Medicamento e pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência Reguladora de Medicamentos e Alimentos.
A delegação brasileira integrará o presidente e o vice do Conselho de Farmácia. São Tomé também deverá enviar profissionais de saúde ao congresso e de Genebra, Suíça, concretamente da Organização Mundial da Saúde (OMS) deverá chegar o Chefe do Departamento de Medicamentos Essenciais.
Este congresso poderá servir de momento para o aprofundamento da reflexão sobre o papel dos profissionais de Farmácia no Sistema de Nacional de Saúde , e não só, uma vez que recentemente a sociedade moçambicana foi confrontada com vozes que indicavam que profissionais deste sector procuram fazer o papel de médicos.
Segundo as referidas vozes, alguns farmacêuticos fazem clínica aos pacientes que acorrem às farmácias, muitas vezes sem terem tido contacto com nenhuma unidade hospitalar para os necessários exames e dispensam medicamentos que carecem de prescrição médica.
Por outro lado, esta será uma oportunidade para profissionais de Farmácia discutirem e aclarar de uma vez por todas as diferentes categorias deste grupo profissional onde se distinguem farmacêuticos (que são os licenciados em Farmácia), técnicos de Farmácia, grupo no qual são agregados os funcionários com nível médio, agentes e auxiliares de Farmácia.
