Iniciaram há dias as obras de protecção do talude, ao longo da ponte junto ao Mercado Vulcano, na Avenida Joaquim Chissano, cidade de Maputo, como forma de minimizar os efeitos da erosão,
que colocavam em risco de desabamento algumas infra-estruturas implantadas naquele local, bem como a vida dos frequentadores daquela zona.
Avaliadas em cerca de 64 milhões de meticais, as obras foram financiadas pelo Governo moçambicano e pela empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e contemplam ainda a construção de uma paragem de transporte semicolectivo, escadas nos locais que vão dar acesso ao mercado Vulcano e ao Centro de Saúde de Xipamanine.
Será igualmente reabilitada a vala de drenagem, que está ao longo das barreiras, para facilitar o escoamento de águas pluviais vindas da zona alta do bairro do Jardim.
Dados em nosso poder indicam que o muro de protecção do Vulcano, cuja construção está já numa fase avançada, possui uma extensão de dois quilómetros, a partir do Centro de Saúde de Xipamanine até ao Jardim Zoológico.
As obras foram adjudicadas aos empreiteiros JJR e JRC, inspeccionadas pela Técnica – Engenheiros Consultores. Compreenderão, no cume do declive, uma estrada de três metros de largura para facilitar a circulação das viaturas dos moradores que se estabeleceram nas extremidades da rampa.
Segundo Paulo Baúque, coordenador de projectos na Administração Nacional de Estradas (ANE), instituição responsável pela obra, serão, também, construídas escadas ao longo das barreiras do Vulcano, para evitar atalhos construídos pelos moradores, que possam prejudicar a obra no futuro.
Entretanto, conforme dados avançados, depois da construção serão plantadas árvores para prevenir a reincidência da erosão durante o período chuvoso.
Baúque explicou que as obras de protecção do talude no mercado Vulcano estavam contempladas, na altura, no projecto da construção da segunda faixa da estrada da Avenida Joaquim Chissano, desejo não concretizado por insuficiência de fundos. “O orçamento que existia não podia cobrir todas necessidades. No entanto, foi possível elaborar outro projecto à parte há dois anos e conseguimos mobilizar fundos a partir do mês de Março do ano em curso”, disse.
O coordenador de projectos manifestou a sua satisfação em relação ao trabalho executado na rampa do mercado Vulcano uma vez que sempre que chovia eram obrigados a repor os danos causados. Para além da situação de risco em que se encontrava a ponte, residências e o mercado, pondo em causa a Avenida Joaquim Chissano.
Paulo Baúque apelou aos vendedores informais que se encontram nas proximidades das barreiras para se posicionarem dentro do mercado de modo que as obras não sofram qualquer tipo de pressão. “Solicitamos a colaboração de todos os vendedores para não depositarem lixo na vala de drenagem”, pediu.
Para pôr em prática o projecto, foram necessários diversos estudos que visavam impedir que alguma família fosse afectada pelas obras. Contudo, foi inevitável abranger 2.5 metros do Jardim Zoológico, o que levou a que se fizesse um pedido formal ao Conselho Municipal da cidade de Maputo, que cedeu aquele espaço, sem no entanto, passar por um processo de indemnização.
Idnórcio Muchanga
