- Antigo director era acusado de má gestão
A Escola Internacional de Maputo (EIM) conta, há duas semanas, com nova direcção, após afastamento de Luka Nkuti acusado pelos funcionários de má gestão.
A saída de Nkuti surge na se quência de várias denúncias reme tidas ao Ministério da Educação e Cultura e Ministério do Trabalho. Em vários documentos, em nossa posse, o antigo gestor foi associado ao “recrutamento de trabalhado res ilícitos em território nacional”- quenianos, ganeses e tanzanianos- sem vistos de trabalho para o exer cício laboral e sem qualidade para leccionar currículo internacional. Trabalhadores alegavam que havia também boa parte de cola boradores moçambicanos que es tavam em actividade na EIM sem terem renovado os seus contratos de trabalho, “o que configurava ilicitude muito grave”.
Consta nas cartas enviadas aos ministérios acima mencionados que, para ludibriar alguma possí vel inspecção do Serviço Nacio nal de Migração, “os nomes dos estrangeiros em situação ilegal constavam de um livro de ponto diferente do oficial, seus salários são recebidos via cheque e trimes tralmente atravessavam a frontei ra para renovar o visto de turista”.
Tanto quanto se sabe, a não atribuição do visto de trabalho, em razão da omissão de quaisquer re gras no acto da contratação, coloca o trabalhador em situação ilegal, e o risco de tal situação corre por conta da empresa contratante, com todas as suas consequências.