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EDM recebe mais energia eléctrica

Por admin

A empresa Gigawatts Moçambique entregou, na última sexta-feira, em Ressano Garcia, na província de Maputo, a Central Termoeléctrica a Gás Natural que vai fornecer energia à Electricidade de Moçambique (EDM) tanto para o uso ao nível nacional como para venda à rede da região Austral, também conhecida por Southern Africa Power Pool (SAPP).

A Central Térmica a Gás natural tem uma capacidade instalada de 120 megawatts e é constituída

por 13 geradores de 9.3 megawatts cada, fabricados pela empresa responsável pelos motores da marca Rolls-Royce.

Para a edificação da infra-estrutura foram investidos mais de dois milhões de dólares americanos.

Com a exclusão da empresa Mozal, aquela Central representa cerca de 24 por cento das necessidades da região sul do país contribuindo assim para a redução do défice energético que actualmente se regista nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.

Naquela infra-estrutura, o gás natural que é transformado em energia eléctrica que é fornecida pela Matola Gas Company a partir de uma derivação do gasoduto de Panda, em Inhambane, para África do Sul. Em termos de mão-de-obra, a Gigawatts Moçambique emprega 75 trabalhadores.

Conforme foi anunciado, aquele empreendimento resultou da intenção de se acrescentar valor ao gás natural do país através da sua utilização para a geração de energia eléctrica.

Em termos de tecnologia, os gestores do mesmo indicam que a central corresponde aos mais altos padrões internacionais.

Dados em nosso poder indicam que a concessão da Gigade transporte destaca-se a construção da linha de alta tensão Ressano Garcia para Macia, em Gaza, a ser concluída em 2017 e da linha de alta tensão Lionde-Mapai, igualmente em Gaza, cujas obras terminam ainda este ano.

Estas acções irão contribuir para a redução substancial das restrições a que estão sujeitos os consumidores de energia da zona sul do país. “O nosso projecto abrange todo território nacional. No caso da região centro por exemplo, destaca-se a conclusão, ainda este ano, da reabilitação das centrais de Chicamba e Mavúzi, com capacidade total de 90 Megawatts”, sublinhou o Presidente da República.

Ainda no âmbito do fortalecimento do sistema eléctrico nacional está previsto o reforço da capacidade da subestação de Matambo em Tete, cujas obras terminam no presente ano, da subestação de Chibata em Manica, com a conclusão das obras prevista para 2017, bem como a conclusão, também este ano, da, linha de transporte de energia Chibata-Dondo.

Estas acções vão melhorar o fornecimento de energia na região centro e em particular nas Províncias de Manica e Sofala”, disse.

Enquanto isso, a região norte do país terá melhor segurança energética com a entrada em funcionamento da central flutuante de 115 Megawatts, prevista para breve, em Nacala, bem como das centrais de energia solar em Mocuba com 40 Megawatts e em Metoro, província de Cabo Delgado, com 30 Megawatts, a concluir até 2017.

Outras actividades com impacto nesta região, incluem a instalação em 2017, de uma nova subestação em Namialo, em Nampula, beneficiando em particular as cidades de Nacala e Pemba, bem como das centrais de emergência, redundância, nas cidades de Quelimane, Nampula, Pemba e Lichinga.

Com vista a resolver os problemas de estabilização de energia nas províncias do norte do país será construída a linha de transporte de energia Caia – Nacala, cujo arranque está previsto para 2017.

O desenvolvimento de infra-estruturas económicas e sociais de qualidade é um elemento determinante para assegurar o bem-estar da população e a base para o incremento da actividade produtiva, constituindo por isso uma das prioridades da nossa governação”, referiu Nyusi. Tendo acrescentado Moçambique tem um elevado potencial no domínio energético, a exploração sustentável e rentável das diferentes matrizes energéticas pode ser uma fonte de obtenção de receitas e um catalisador da industrialização que muito almejamos.

watts tem capacidade de 350 megawatts, entretanto, devido a indisponibilidade de gás para sustentar um contrato de longo prazo dessa ordem, levou à subcontratação da Aggreko para produzir energia utilizando centrais amovíveis para satisfazer acordos comerciais precários de entre dois e quatro anos.

Actualmente decorrem negociações com a EDM com vista adicionar 40 megawatts á actual capacidade, em resultado de um acordo firmado recentemente sobre o fornecimento de gás adicional.

A Gigawatts Moçambique refere que também está atenta às oportunidades de exportação oferecidas pela Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), por ser um mercado considerado apetecível e que pode alavancar novos projectos geradores de divisas.

Por isso, o carácter determinado do período de validade dos contratos de concessão constitui uma plataforma segura para uma acomodação do interesse nacional, em face de uma reavaliação da equação energético no termo de cada concessão.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que a inauguração daquele empreendimento faz parte do conjunto das prioridades definidas no Programa Quinquenal do Governo 2015-2019. Consta, também, a necessidade de diversificação da localização das fontes de geração de energia e a construção de centrais a gás natural nos locais de exploração ou nas suas proximidades.

A nossa visão estratégica de explorar no país as matérias-primas extraídas encontra fundamento nesta iniciativa, que produz energia com base no gás natural proveniente de Pande e Temane”, disse Filipe Nyusi.

No seu discurso, o Presidente da República sublinhou que o governo pretende induzir a transformação estrutural da economia moçambicana, a agregação de valor aos produtos primários e fazer da energia o motor do desenvolvimento económico e da industrialização.

A título de exemplo, para a região sul, além da central de Ressano Garcia, prevê-se a conclusão da central termoeléctrica a gás natural da Kuvaninga, de 40 Megawatts, em Chókwè, província de Gaza, que deverá conferir ao sistema eléctrico uma maior estabilidade e segurança energética.

Por outro lado, está previsto o início, ainda este ano, da construção da central de ciclo combinado

com base no gás natural, de 100 Megawatts, na cidade de Maputo, bem como o reforço das infra-estruturas de distribuição de energia, o que permitirá a superação das restrições que têm caracterizado o fornecimento de energia à região sul.

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