Nacional

Diomba indignado com fraca produção

O Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, mostrou-se indignado com a fraca produtividade registada nos campos agrícolas da localidade de Changalane, distrito da Namaacha, província de Maputo, mesmo depois de o Governo provincial ter oferecido recentemente cinco tractores para a incrementação da produção agrícola.

Raimundo Diomba considerou que os 55 hectares cultivados desde que os cinco tractores foram entregues como “muito pouco,porque a área lavrada corresponde à utilização de apenas um tractor, o que não faz sentido tendo em conta a disponibilidade de meios e de terra arável”.

A entrega dos referidos meios de produção ocorreu depois de aquela localidade ter sido identificada como prioritária para o aumento da produção agrícola no distrito, pelo que Diomba lembrou às estruturas administrativas da localidade de Changalane que o governo provincial vai exigir os resultados e responsabilizar os gestores locais.

Na mesma altura, o Governador de Maputo prometeu que “se não conseguirem atingir as metas previstas vamos retirar a guarda dos equipamentos para serem dados a outra população que necessita porque os tractores não podem estar parados como se estivessem numa montra. Devem produzir”, advertiu.

Tendo em conta a pertinência da produção naquela área, o Governo tem estado a insistir na necessidade de se fazer um melhor aproveitamento rigoroso da riqueza dos solos para que a província deixe, definitivamente, de ser dependente de importações dos países vizinhos para importar produtos de primeira necessidade. “Temos de fortificar a nossa produção para não importarmos produtos básicos”, disse.

Raimundo Diomba, que falava durante a cerimónia de entrega de três mil e quinhentos títulos de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUATs), à população de diferentes localidades daquele distrito recomendou que os beneficiários daquele documento fizessem bom uso da terra em sua posse para produzir alimentos.

Por sua vez, o chefe do posto administrativo de Changalane, Custódio Tembe, disse que a falta de chuva é o grande entrave para a produção agrícola. Repisou que aquela terra dispensa fertilizantes, sendo a escassez de precipitação o maior causador da fome que agora flagela os residentes locais e de todo do distrito da Namaacha.

Devido à estiagem, a localidade não pode produzir grandes quantidades, mas logo que for a chover vamos trabalhar como deve ser. Os produtores da localidade dependem, geralmente, do rio Umbelúzi e com a seca que assola o país não conseguimos ter água para irrigar os campos”, justificou-se.

 

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