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Dezenas de moçambicanos refugiados no Malawi

Por admin

·Vivem um drama humanitário e precisam com urgência de abrigo, alimentação e vestuário

Mais de cem moçambicanos estão no Malawi desde o passado mês de Junho na sequência do ambiente de insegurança protagonizado por homens armados da Renamo em Nikondedzi, posto administrativo de Zóbwè, distrito de Moatize, província de Tete.

 O domingo  apurou igualmente que estão no Malawi cidadãos moçambicanos provenientes do distrito de Tsangano, onde peritos militares das Forças de Defesa de Mocambique (FADM) denunciaram  a destruição de residências e a ocorrência de cinco ataques protagonizados por homens armados da Renamo contra as forças policiais e contra uma viatura civil.

O vice-chefe da delegação do governo no diálogo político com a Renamo, Abdurremane Lino de Almeida, disse esta semana que o relatório dos peritos revela que os ataques ocorreram nos finais do mês passado e princípios de Agosto.   

À sua chegada ao território malawiano numa situação de angústia e desespero, os moçambicanos disseram que fogem devido aos disparos que acabam criando terror e por causa da destruição de casas e de celeiros, bem como de motorizadas e bicicletas e outros meios de subsistência.

O primeiro grupo de homens, mulheres e crianças provenientes de Moçambique entrou para Malawi através do regulado de Kasusa, no distrito malawiano de Mwanza.

De um modo geral as condições de vida são extremamente difíceis, situação agravada pelas baixas temperaturas que se fazem sentir por estas alturas na região de Kasusa.

O grande problema é abrigo, alimentação e vestuário. Todos os moçambicanos estão desde princípios de Julho  com a mesma roupa com que fugiram de Moçambique para o Malawi.

O drama humanitário é tal que alguns moçambicanos,  incluindo crianças passam a noite ao relento enquanto vão procurando meios para a construção de pequenas cabanas.

O regulado de Kasusa onde estão os moçambicanos é uma zona montanhosa de difícil acesso e onde faz muito frio.

A Organização Médicos-Sem-Fronteiras já esteve no terreno para fazer o levantamento das necessidades  para prestar os cuidados necessários  sobretudo as mulheres e crianças.

Numa tentativa para minorar o sofrimento, as autoridades malawianas realojaram há cerca de uma semana cento e dezanove moçambicanos  de vinte e oito famílias no centro de Luwani no distrito de Neno enquanto outros moçambicanos ainda continuam no distrito de Mwanza.

Para se inteirar da situação in loco o ministro malawiano da administração interna Atupele Muluzi deslocou-se a Luwani onde constatou que o centro está em condições precárias, necessitando de reabilitação urgente.

O ministro disse que em colaboração com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados o seu governo vai trabalhar no sentido de dar assistência aos moçambicanos garantindo que o executivo de Lilongwe tudo fará para garantir abrigo

aos moçambicanos refugiados no país.

Aquele dirigente observou que com a presença dos moçambicanos impõe-se a identificação das áreas que precisam de intervenção urgente no centro de Luwani para proporcionar as melhores condições de vida.

"Este acampamento foi construído no início dos anos 90 e as instalações precisam de ser reabilitadas e eu estou aqui com o ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para ver como podemos colaborar e juntar esforços para melhorar  este centro”- disse Atupele Muluzi.

O ministro acrescentou que iria trabalhar no sentido de garantir que  como país, Malawi possa oferecer a segurança necessária a aqueles que estão vir de Moçambique e as comunidades circunvizinhas.

A visita do ministro Atupele Muluzi (filho do antigo presidente do Malawi Bakili Muluzi) acontece numa altura em que alguns régulos e  líderes tradicionais vinham manifestando alguma preocupação sobre a falta de segurança na área de Luwani devido a chegada de um grande número de refugiados onde podiam ocorrer alguns delitos.

Muluzi frisou que todas as medidas serão postas em prática para garantir a segurança de todos no país, incluindo dos estrangeiros.

Mary Khembo membro do parlamento pelo círculo de Neno disse por seu turno que para além do reforço do número de agentes da polícia, aquela área também precisa de mais médicos e equipamento para o centro de Saúde de Luwani de modo a responder a pressão criada com a chegada dos refugiados.

As autoridades malawianas prevêm  que o número poderá subir nos próximos dias no centro de Luwani.

Recorde-se que na sua recente visita a provincia de Tete o presidente da República Filipe Nyusi condenou os ataques de homens armados da Renamo nesta região, e apelou a população para não se intimidar por aqueles que criam ambiente de instabilidade.

Avelino Mucavele, em
Blintyre, Malawi

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5 comments

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