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Da lenda de (mi)Tembe a Xipamanine sem phama

Por Carol Banze

Às margens de um rio, encontrava-se um grupo numeroso que pretendia fazer a travessia. Mas, pelas crenças que o dirigiam, nenhum integrante intentaria o plano sem que antes fosse feito um ritual tradicional. “Houve necessidade de consultar de que forma se iria passar de uma margem para outra. Nessa altura, não havia barcos”. A resposta vinda do além era intimidante e carregada de mistério: “Indicava que a travessia poderia ser feita, no entanto um elemento do grupo não chegaria à outra margem”, conta Moisés Tembe, membro da família do regulado no distrito KaTembe e que desempenha a função de secretário do bairro de Inkassane, desde 2011.

Ao que tudo indica, a passagem de uma terra (não identificada) para outra foi autorizada. “Mas, eles (curandeiros ou profetas) disseram abertamente que uma menina ficaria definitivamente debaixo da água”. Ainda assim, em fila a viagem foi seguida. “Atravessaram e a última pessoa, que era uma menina, foi engolida pela água”.

Aconteceu! Tal como tinha sido “prognosticado através dos búzios”. E conforme se propala, “é por essa razão que aquele pequeno rio passou a ter o nome que ostenta. Mas na verdade, é Mitembe, e não Tembe, pois foi baptizado com o nome de uma mulher”, ou seja, a menina que perdeu a vida durante a travessia.

A referida família sobressaiu do lado de cá, precisamente em Maputo, onde encontrou uma mata que actualmente é o quarteirão 7 do bairro Inkassane. Aqui, “residia o senhor Matlava com os seus familiares”, contou Moisés.  Leia mais…

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