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Conflito de interesses e indícios criminais afastam Chivale

O juiz Efigénio Baptista considera haver indícios crimiais, conflito de interesses e incompatibilidade na actuação do advogado Alexandre Chivale, pelo que decidiu afastá-lo do julgamento do processo-crime relativo às dívidas não declaradas agora em curso. Este afastamento era de todo previsível tendo em conta o enredo que narramos de seguida.

Alexandre Chivale, cujo nome se tornou densamente pronunciado ao longo de oito dias da audição do seu constituinte António Carlos do Rosário, acabou por ser afastado do patrocínio jurídico que prestava a este réu e, por tabela, de outros dois co-réus, nomeadamente Maria Inês Dove e seu sobrinho, Elias Moiane.

Para não se exporem a um ilustre e desconhecido defensor oficioso escolhido pelo tribunal, estes réus já sinalizaram que, doravante, pretendem ser assistidos pelo advogado Isálcio Mahanjane, que até a esta parte actuava a favor de Ndambi Guebuza.

Na verdade, há muito que Chivale se encontrava na mira do Ministério Público e com potencial de se dar mal. Basta recordar que no primeiro dia deste julgamento, 23 de Agosto deste ano, a magistrada Ana Sheila Marrengula apontou que este advogado deveria abandonar a casa onde reside por haver fortes indícios de a mesma ter sido adquirida com fundos provenientes da Privinvest.

Naquela altura, a magistrada do Ministério Público requereu que o abandono da propriedade deveria ser feito em 24 horas. Entretanto, no lugar de se mobilizar para abandonar a residência de forma voluntária e imediata, aquele advogado disse ao tribunal que dispunha de muitas outras casas e que sairia caso essa fosse a decisão do tribunal.  Leia mais…

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