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Concluída montagem do novo transformador

Por admin

Os clientes da Electricidade de Moçambique (EDM) localizados nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane andaram sobressaltados nas últimas semanas em resultado do anúncio da montagem de um novo transformador que, segundo aquela empresa, tinha por objectivo melhorar a qualidade da corrente eléctrica que lhes era fornecida. Pelo meio, segundo os vários comunicados emitidos, haveria cortes breves e longos. Hoje, a mesma EDM anuncia que os trabalhos foram concluídos com sucesso e que nada mais justifica o temor. “Já há energia de sobra”, dizem.

A Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou ao domingo a conclusão dos trabalhos de montagem e ligação do novo transformador na subestação do Infulene, em Maputo, com o qual se pretende aumentar a capacidade e qualidade do fornecimento de energia nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.

Dados colhidos naquela subestação, por sinal a maior que a EDM possui na região Sul do país, indicam que a obra consistiu na substituição de velho transformador de 48 Mega Watt (MW), instalado por volta de 1971, por um novinho em folha e moderno com 200 MW.

Por outro lado, foram substituídos os cabos de alimentação e o equipamento de protecção adjacente para adequar o funcionamento de todo o sistema e assegurar que o aumento da intensidade da corrente e de tensão não fique comprometido. “Modernizamos todo o equipamento de automatização, colocamos novos relés de protecção e painéis de leitura”, disse Gil Massinga, director da Divisão de Transporte Sul da EDM.

Deste modo, a subestação de Infulene passa a dispor de redundância que torna possível a realização de actividades de manutenção em qualquer um dos transformadores ali instalados (cinco antigos e um novo) sem ser necessário restringir o fornecimento de corrente eléctrica aos consumidores. “Neste momento estamos a fazer a integração do novo transformador e já podemos desligar qualquer outro sem criar sobrecargas ou ter que fazer cortes de fornecimento”.

Segundo Gil Massinga, a montagem daquele transformador resultou do facto de aquela empresa ter constatado um aumento de demanda de electricidade originada pelo aumento do número de estâncias turísticas, crescimento do parque industrial e de empreendimentos habitacionais e comerciais um pouco por toda a zona Sul do país.

Estamos com uma ponta efectiva de 376MW, o que corresponde a 77 por cento da carga total da EDM a nível nacional. Hoje temos uma potência instalada de 432MW contra os anteriores 280MW, pelo que pensamos que temos um pouco mais de espaço de manobra para acolher as novas cargas que resultam das novas construções”, sublinhou.

No que se refere aos cortes de energia que ainda se verificam, Gil Massinga disse que estes decorrem de ajustes do novo equipamento e de algumas avarias de cabos de transporte e distribuição, pelo que, conforme disse, “a EDM está a gora a direccionar os seus recursos financeiros e técnicos para construir novas linhas de transporte”.

Aliás, no quadro dos trabalhos de melhoramento da qualidade de energia, a nossa Reportagem apurou que também foi substituído um transformador da subestação do bairro do Jardim que até jorrava óleo.

Entretanto, enquanto a EDM avança numa direcção, alguns populares parecem determinados a seguir no rumo contrário. Por exemplo, consta que alguns cidadãos entenderam ir estabelecer as suas residências ao longo da linha de alta tensão que leva a energia eléctrica para o distrito da Manhiça (Linha 5) e dali não aceitam sair sem serem “convenientemente” compensados.

Dados em nosso poder indicam que o desatino existente entre aquele punhado populacional levou à intervenção do Ministério de Obras Públicas e Habitação (MOPH), Conselho Municipal da Manhiça, entre outras autoridades até aqui em vão, pois, a população entende que a compensação apresentada pela EDM “foi definida ao pé da letra”.

Assim sendo, os clientes da EDM que se localizam nos bairros, aldeias, vilas e cidades mais a Norte de Marracuene, até Macia, só vão beneficiar de energia de qualidade quando o diferendo que separa a EDM das famílias que se instalaram na área de servidão eléctrica chegar a algum fim. Aliás, esta linha já devia estar a funcionar desde Outubro do ano passado.

Enquanto isso, decorrem trabalhos com vista a reabilitação das linhas que ligam as subestações da Matola e do Infulene, Ressano Garcia e Infulene, entre outras. Também, estão a ser feitos melhoramentos na subestação da Matola-Rio e está a ser aumentada a capacidade da linha que parte da Infulene, passa por Ressano e vai dar à Macia (no interior da província de Gaza) e vai até Massinga, em Inhambane.

Jorge Rungo

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