– Beatriz Buchile, Procuradora-Geral da República
O aumento da criminalidade organizada que se verifica nos últimos tempos, como terrorismo, raptos, tráfico de drogas, exige uma actuação acutilante não só para fora, como também para dentro das nossas instituições.
Este ponto de vista foi manifestado esta manhã, na cidade de Maputo, pela Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchile, na abertura da VII Reunião Nacional entre a Procuradoria-Geral da República e o Serviço Nacional de Investigação Criminal.
A necessidade de aprimorar as formas de combate surge do reconhecimento de que o criminoso, para atingir os seus fins e encobrir os seus actos perante as autoridades, infiltra-se nas instituições para melhor controlo das investigações que são efectuadas.
“Este é o modus operandi de toda a criminalidade organizada. Estamos preocupados com a infiltração dos criminosos no nosso seio. Não podemos continuar a ter casos de assaltos à mão armada, raptos, violações, perpetradas por alguns indivíduos que ingressam no SERNIC”, frisou Beatriz Buchile.
Disse que a PGR continuará atenta a situações de indivíduos que para o ingresso no SERNIC, recorrem ao uso de documentos falsos, como é o caso de certificados de habilitações literárias, bilhete de identidade e atestado de aptidão física.
“É momento de trazermos acções concretas para reverter as situações anteriormente descritas, imprimindo novos mecanismos de selecção dos nossos quadros com maior rigor e controlo nos concursos de ingresso”.
