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Chuva pode agravar preço de hortícolas

Por admin

Os vendedores de hortícolas em Gaza defendem que se a chuva continuar a cair no período da quadra festiva pode alagar os campos e deteriorar os produtos, forcando que se recorra aos produtos sul-africanos para consumo e aplicando-se preços mais altos em relação aos que se vendem os produtos agora, considerados bons e normais. domingo fez uma ronda nos mercados de Xai-Xai e colheu depoimentos de alguns vendedores retalhistas.

Anita Chambisso, 48 anos de idade, vendedora de cenoura, batata-reno, pimenta e tomate, diz que até agora os preços aplicados estão controlados. Compra o saco a 230 meticais e vende retalhadamente a 30 meticais o quilograma. Vende pimenta também a 30 meticais o pacote, repolho a 15 meticais o quilo e beterraba a 50 meticais. “Os preços ainda se mantêm”.

Sobre a recente depreciação do metical e sua implicação nos preços aplicados, Anita Chambisso opina que tal só pode-se ressentir nos produtos importados da Republica da África do Sul e não dos cultivados localmente, neste caso em Chókwé, donde ela adquire. “Creio que não vai haver agravamento dos preços de hortícolas produzidas aqui em Gaza”, frisou Anita Chambisso.

Ela refere que a aplicação dos preços depende da fonte de aquisição e que tem esperança na manutenção do precário até ao final das festas, “se a chuva que cai não alagar os campos de cultivo”, defende.

Adórita Mussane, 47 anos, também vendedora, diz que o seu negócio corre com alguma dificuldade, “porque são muitos os produtos nas bancas. Quase que não há falta de nada”, destaca. Contrariamente à Anita diz que ela compra muito caro nos grossistas os produtos que vende ao retalho.

Por exemplo, considera que compra a caixa de tomate a preços que variam entre 250 a 300 meticais. Compra a batata a 220 meticais para revender a 250 meticais o saco. O repolho oscila na fonte entre oito a dez meticais o quilograma, enquanto o alho custa na fonte 100 meticais.

Perguntámos a AdóritaMussane com que preço então revendia o quilograma de alho e ela respondeu que “aí nós baralhamos porque não um preço fixo, aceitamos tudo”, frisou. Ela duvida que haja subida de preços porque existem muitos produtos a venda e a concorrência é muito forte. “Penso que os preçosvão se manter, não acredito que subam”, desabafa Adórita Mussane.

Marcos Vasco Zoduai, 54 anos, vendedor, receia que a persistência das chuvas venha a estragar os produtos que se vendem, especificamente, hortícolas. Defende que, enquanto existirem produtos nos grossistas, dificilmente vai-se sentir a falta de produtos e, “consequentemente, os preçosvão estar estáveis”, referiu Marcos Vasco Zoduai. Ele vende tempero que compra a 40 meticais a embalagem de 50 gramas e revende a retalho posteriormente.

Salmina Pedro Langa, 45 anos, vende tomate, cebola, batata-reno, repolho, entre outros produtos. Ela compra os seus produtos no Chókwé e revende-os aos montinhos para favorecer gente de pouca renda.

 “Nunca vendo os produtos por quilo, porque procuro favorecer as pessoas que têm fraco poder de compra”, elucidou Salmina Pedro Langa. Diz que a cebola, na fonte custa 120 meticais e o pepino 100 meticais. Reitera que se a chuva continuar a cair e alagar os campos de cultivo pode influenciar na subida dos preços.

Enquanto isso, os frangos também são vendidos a preços normais que variam de acordo com o seu tamanho, entre 120 a 180 meticais a unidade. O quilograma de carne de porco ou de frango, em alguns talhos mantêm os preços de 130 a 140 meticais o quilograma. Os refrigerantes e a cerveja nacionais a caixa também continuam estáveis, podendo ser adquiridos a preços habituais.

Artur Saúde

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