Pelo menos dezoito tubarões de várias espécies foram mortos recentemente por pescadores na província de Inhambane, aparentemente no âmbito da caça àqueles animais, cujo ataques já fizeram um morto e dois feridos naquela região do país.
Os tubarões mortos na Baía dos Cocos, no distrito de Jangamo, tinham entre dois e três metros de comprimento e pesavam cerca de 90 quilos cada. A operação de chacina decorreu durante dois dias.
Dados em nosso poder indicam que foram detidos três pescadores que estiveram envolvidos na captura dos tubarões na Baía dos Cocos, em Inhambane, por que segundo o administrador marítimo de Inhambane, Américo Sitoe, os pescadores fizeram uma operação não autorizada pelas entidades competentes.
“Se este episódio realmente aconteceu, as autoridades distanciam-se completamente. Isto não faz parte da acção que está sendo levada a cabo na Baía de Inhambane para capturar o tubarão que está atacar a população", disse Américo Sitoe, acrescentando que, a ser verdade, trata-se de uma acção “totalmente ilegal”, pela qual os seus autores devem ser responsabilizados.
Os pescadores capturam os tubarões, matam e cortam as barbatanas para fins obscuros e o resto da carne colocam-na no mercado local para venda.
De referir que aOrganização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) lançou, em Fevereiro deste ano, um software com o objectivo de proteger os tubarões ameaçados de extinção. A FAO afirma num comunicado alusivo ao facto que o software, denominado iSharkFin, serve para identificar rapidamente as espécies do peixe marinho e evitar o comércio ilegal.
O documento refere que com o software, a FAO pretende ajudar a conter o crime praticado contra espécies protegidas e a combater o comércio ilegal de barbatanas de tubarão.
Idnórcio Muchanga
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