Artes & Letras

Casimiro Nhussi promete espectáculos cheios de emoção

O dançarino, coreografo, músico e instrutor de dança profissional, Casimiro Nhussi, está desde a semana finda em Moçambique para a realização de dois concertos, a decorrerem nas cidades de Maputo e Pemba, nos dias 23 e 30 do mês em curso, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) e na Associação Cultural Tambo Tambulani Tambo, respectivamente.

A decorrerem sob o lema “Cas´Gweka – presente, passado e futuro”, os concertos serão uma mistura de sons baseados nos ritmos tradicionais do Norte do país, com maior destaque o Mapiko e Limbondo, onde Nhussi irá cantar, dançar e ainda apresentar o seu novo CD intituladoGweka, uma colectânea de 13 temas em que canta o amor, o respeito pela tradição e a esperança de um amanhã melhor.

Casimiro vai partilhar o palco com o também bailarino e coreografo Abacar Mulima, seu companheiro de muitos anos na Companhia Nacional de Canto e Dança, em representação do “passado”. Para representar o “presente” o músico fará uma apresentação a solo, e depois outro número com Luís Sala, representando deste modo a transmissão de conhecimentos para a nova geração “futuro”.

Segundo o artista, que falava durante a conferência de imprensa na semana finda, a realização desses concertos é positiva, uma vez que é uma oportunidade das pessoas reviverem as suas músicas, os seus passos de dança e ainda uma oportunidade dos mais novos poderem o conhecer.

Estou ansioso em apresentar-me, pois são poucas as vezes que venho cá para actuar. Por isso, espero que os locais da realização dos concertos estejam repletos de pessoas, uma vez que quando apresento-me fora tenho tido uma boa recepção e há sempre muita adesão, disse.

Mais adiante Nhussi revelou que, está muito feliz em poder actuar em Pemba, pois desde 1992 que não actua naquela cidade; aliás, a última vez que o fez foi na condição de bailarino da Companhia Nacional de Canto.

O espectáculo de Pemba está no meu pensamento, não que o de Maputo não seja menos importante, o facto é que em Pemba poderei apresentar-me pela primeira vez como artista a solo e ainda porque será a primeira vez que minha mãe poderá testemunhar ao vivo o trabalho que faço, disse Nhussi.

O Trio Vozes d`Alma constituído por Sheila Jesuita, Raimundo Mauele e Naldo Ngoka e ainda João Cabral, Rolando Alexandre, Jay stoller (canadiano), Amade Cossa, Realdo Salato, Amós Mawaie, Larsen Vales, Feling Capela, Muzila, são os artistas convidados a partilhar o palco com o internacional Casimiro Nhussi.  Os espectáculos contam com apoios do Banco de Moçambique, BCI, Fundac, Imagem Real, SMS Catering, entre outros. 

Refira-se que Casimiro Nhussi é dançarino, coreografo e instrutor de dança profissional na cidade canadiana de Winnipeg Manitoba. Começou a sua carreira em 1982, na Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique, CNCD. Actualmente, é Director Artístico e fundador de uma companhia de dança contemporânea africana, a NAfro Dance Productions.

Já coreografou dezenas de bailados para a CNCD, sendo de destacar Ode à Paz, Árvore Sagrada, Kulipudya, Raízes, Visão. Coreografou ainda Simbiose, Á volta da fogueira, A Sedução da Esperança, Se as minhas lágrimas pudesse pintar, Adaptação das Espécies, Deixe-me dançar antes de partir, Mapiko, entre outras.

Gweka é o segundo disco de originais de Casimiro Nhussi; o primeiro, Makonde, foi também apresentado em Maputo há dois anos, num concerto bastante concorrido e que resultou num convite para o artista abrir os Jogos Africanos realizados em Maputo. 

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