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CAMPANHA DE 16 DIAS DE ACTIVISMO: Apostar na denúncia à violência contra mulher e rapariga

Traçar estratégias profícuas para o combate à violência praticada contra mulher e rapariga tem sido uma prioridade do Governo, através do Ministério do Género, Criança e Acção Social, uma aposta que abriu espaço para a realização da Campanha de 16 dias de activismo sobre violência praticada contra aqueles grupos.

Dados do Gabinete de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, avançados por Lucas Mangrasse, vice-ministro do Género, Criança e Acção Social, durante a cerimónia de lançamento realizada, hoje, no distrito de Magude, província de Maputo, reforçam a urgência de redobrar as acções para estancar este mal. De Janeiro a Setembro deste ano, foram registados 15.800 casos, dos quais 8.900 contra mulheres e 4.832 crianças e 2.068 pessoas idosas e com deficiência.

Reagindo a estes índices, Mangrasse afirmou que “mostram a necessidade de investirmos na sensibilização de homens e mulheres das várias gerações para a prevenção, denúncia de casos de violência bem como na assistência e reintegração das vítimas, com envolvimento das instituições, sociedade civil, religiosos e comunidades”. À mesma medida, falou da importância de se assumir o diálogo “como a melhor forma de resolução dos conflitos”, tendo apontado em seguida para a relevância da denúncia de casos de violência e, “sobretudo, educar as novas gerações para a sua eliminação”.

Conforme se sabe, um dos passos fundamentais na participação dos casos é o atendimento adequado e humanizado, daí que “precisamos de fortalecer e expandir o mecanismo de atendimento, construindo mais Centros de Atendimento Integrado às Vítimas de Violência, melhorar os serviços de resposta com a intervenção das instituições públicas e privadas com essa responsabilidade”, pontuou o governante.

Entretanto, reconheceu a existência de vários desafios: “Temos a consciência que ainda há muito por se fazer, para que as mulheres e raparigas tenham o acesso aos serviços básicos, recursos produtivos e as potencialidades do mercado” e citou a violência doméstica, a união prematura e gravidez precoce como “barreiras que devem ser erradicadas”.

Com efeito, a corrida do momento visa “pintar o Mundo de Laranja”, travando actos que atentam contra a integridade física e psicológica da rapariga, alinhando deste modo com os objectivos definido pelas Nações Unidas, que visam “mobilizar os indivíduos, famílias e toda sociedade a participarem activamente na prevenção, combate deste mal e assistência às vítimas”, indicou Mangrasse. Na realidade, o lema traçado este ano “exige de todos, maior empenho na promoção e respeito pelos direitos da mulher e rapariga, através de medidas coordenadas e adequadas à realidade, para que resultem na redução dos casos de violência doméstica e baseada no género”, apelou.

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