Nacional

Avaria do batelão leva à anarquia e sofrimento

A avaria do batelão que assegura a travessia Marracuene/Macanaeta, e vice-versa, através do rio Incomati, está a causar prejuízos aos agentes económicos, para além 

de perigar a vida dos residentes e daqueles que querem visitar aquela zona turística da província de Maputo. A anarquia e o sofrimento instalaram-se no local. Entretanto, ontem de manhã, o batelão voltou a fazer-se às aguas do Incomati.

 

A circulação do batelão em Marracuene ficou paralisada na noite do dia 31 de Dezembro último, por volta das 22.00 horas. Na altura, embora fosse noite, vários indivíduos ainda procuravam atravessar para as diferentes estâncias turísticas construídas em Macaneta, onde pretendiam festejar a transição do ano.

O incidente apanhou muitas pessoas, na sua maioria turistas vindos da África do Sul, desprevenidas, pois algumas já tinham atravessado o rio e outras estavam na margem à espera da sua vez e outras ainda se encontravam a percorrer a Estrada Nacional Número 1 (EN1) a caminho da zona de travessia. Os que já tinham atravessado ficaram sem saber como poderiam regressar à procedência, depois da noite de transição do ano.

Os proprietários das estâncias turísticas que já tinham recebido o dinheiro das reservas via banco já começavam a estudar mecanismos para não perder o dinheiro que já tinha sido depositado pelos clientes e que até à altura do incidente não tinham chegado. Outros já imaginavam um negócio frustrado por causa da avaria do batelão.

Para evitar que muitos clientes, que na altura do incidente ainda não tinham chegado a Macaneta, voltassem para casa, os agentes turísticos procuraram instruí-los a seguirem pela EN1 até Maragra, no distrito da Manhiça, e daí, via terrestre, se dirigirem ao destino.

Em conversa com alguns agentes económicos de Macaneta, preocupados com esta situação, contaram à nossa Reportagem que ela é “preocupante”, pois as pequenas bombas de combustível que ali existem estão sem gasolina e os estabelecimentos comerciais sem produtos.

A população residente em Macaneta teme que o cenário dure muito tempo, complicando a sua vida, numa altura em que as aulas vão arrancar brevemente.

Actualmente, a travessia é feita de forma precária através de barquinhos de pesca, onde as pessoas que vêm receber cuidados médicos, fazer compras, entre outras actividades, se fazem transportar.

Durante a nossa presença em Macaneta, testemunhámos in loco situações dramáticas, pois senhoras com bebé ao colo e com trouxas, velhos, crianças e deficientes lutavam para conseguir um lugar nas pequenas embarcações, com todos os problemas de segurança inerentes a essa anarquia.

De recordar que nos dias normais, o batelão circula naquele percurso das 6.00 até às 19.00 horas e nas épocas festivas, como de Natal e Fim de Ano, a embarcação funciona 24 sobre 24 horas.

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