A falta de recursos financeiros, meios de transporte, infra-estruturas e o défice do número de fiscais florestais e faunísticos prevalece, mas o aumento da coordenação entre as autoridades gestoras das áreas de conservação a nível nacional e as comunidades está a fazer reduzir a incidência da caça furtiva.
Segundo a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) o reforço da coordenação com os agentes comunitários, Forças de Defesa e os Serviços de Segurança do Estado, Polícia da República de Moçambique (PRM), Procuradoria-geral da República (PGR), entre outros intervenientes, está a ajudar na protecção do meio ambiente e da biodiversidade.
Este reforço resultou na redução da caça furtiva em cerca de 50 por cento e originou na detenção de vários caçadores furtivos. A título de exemplo, apurámos que foi recentemente neutralizado, detido, julgado e condenado a 14 anos de prisão, um cidadão acusado de cometimento de um crime contra a vida selvagem.
Outro caso aconteceu na província de Cabo Delgado, onde foi detido um caçador furtivo há sensivelmente um mês que também foi condenado a 14 anos de prisão. Estas condenações resultam do facto de o Governo ter assumido que a conservação do meio ambiente e da biodiversidade são actividades centrais para a promoção do desenvolvimento sustentável, inclusivo e integrado.
O director-geral da ANAC, Mateus Muthemba, afirma que mesmo sem homens suficientes para proteger todo o território das áreas de conservação, o sector tem vindo a registar progressos que também resultam dos investimentos que estão a ser feitos no domínio da formação de recursos humanos, aquisição de viaturas e aeronaves para o patrulhamento.
“Naturalmente que estamos aquém da capacidade de fazermos uma fiscalização cabal para as nossas áreas, por isso que unimos esforços com a PRM e com a PGR a todos os níveis para neutralizarmos os caçadores furtivos e rapidamente serem responsabilizados”, disse.