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Aldo Marchesini e Jhpiego recebem o Prémio de População das Nações Unidas

O médico Aldo Marchesini, radicado na província da Zambézia, recebeu ontem, em Nova Iorque, o Prémio de População das Nações Unidas na categoria individual.

Na categoria institucional, o prémio foi entregue à Jhpiego, uma organização americana de saúde materna e infantil, representada pela respectiva Presidente, Dra. Leslie Mancuso.

Os prémios foram entregues pelo Secretário-Geral adjunto das Nações Unidas, Jan Eliasson, na presença do Director Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Oshotimehin; diplomatas italianos e moçambicanos, representantes de organizações que trabalham na área de saúde, entre outros.

"O Prémio de População é expressão do nosso compromisso para a garantia da vida e dignidade de todos e para a construção de um mundo onde cada gravidez é desejada, todos os partos são seguros e o potencial de cada jovem é realizado,” disse Eliasson. Ele acrescentou que o compromisso e trabalho dos vencedores incorpora esses objectivos.

Ambos vencedores dedicaram mais de quarenta anos salvando e preservando  vidas de mulheres no mundo. O seu esforço melhorou e expandiu os cuidados de saúde materna e reprodutiva, beneficiando inúmeras mulheres e suas famílias.

O Dr.Marchesini, que é também padre católico, foi proposto ao prémio pelo “Fórum Mulher”, uma organização moçambicana de defesa dos direitos da mulher. Foi forte argumento da candidatura, o trabalho que o Dr. Marchesini realiza no país no tratamento de mulheres com fístulas obstétricas.  

A fístula obstétrica é uma complicação que ocorre durante o parto quase exclusivamente em lugares onde os cuidados básicos de saúde materna não estão disponíveis.  O trabalho de parto prolongado ou obstruído abre um buraco no canal de parto, originando a incontinência crónica e, muitas vezes, o isolamento social e a marginalização.

Natural da Itália, Dr. Marchesini, aprendeu a tratar fistulas obstétricas em 1973, durante uma fase da sua formação, no Uganda.Em  1974, veio para Moçambique. O seu trabalho levou-o a muitas partes do país – Quelimane, Mocuba, Gurúè, Tete, Songo, Pemba, Maputo.  Por anos, foi o único médico em Moçambique a tratar a fístula obstétrica.

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