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Agricultura atinge bons resultados

A vice-ministra da Agricultura e Segurança Alimentar, Luisa Meque, prevê que a província de Niassa alcance na presente campanha uma boa produção agrícola comparativamente ao ano passado, a avaliar por aquilo que os campos por si visitados apresentam nesta altura do ano.

Meque, que falava durante o balanço da visita que efectuou recentemente aos distritos de Lichinga, Chimbunila e Lago, em Niassa, revelou que a alta de produção que se prevê na província, é resultado do uso de técnicas de produção modernas, bem como do apoio de extensionistas aos produtores e o envolvimento de jovens na área agrícola.

Falando sobre outras áreas ligadas ao sector que dirige, a vice-ministra da Agricultura e Segurança Alimentar congratulou-se com o desenvolvimento da piscicultura, criação de gado bovino, ovino e galináceos, encorajando os agricultores a envolverem-se mais na produção de ovos, uma área que, segundo aquela dirigente, pode trazer, a curto e médio prazo, grandes benefícios à população, reduzindo, por conseguinte, a importação deste importante e nutritivo alimento do vizinho Malawi.

“As condições climáticas do Niassa são apropriadas para a produção de frangos e ovos. A população precisa de se alimentar de frangos e ovos para reduzir os elevados índices de mal-nutrição que se verifica, principalmente em crianças e idosos”, disse Luísa Meque.

Por sua vez, os produtores visitados por aquela dirigente manifestaram a sua satisfação pelo facto de terem tido a ímpar oportunidade de receber ensinamentos sobre a importância de praticar agricultura de um membro do governo, para além de reconhecerem a importância do trabalho dos extensionistas que estão a realizar junto das comunidades, com vista a aumentar os índices de produção e produtividade.

Na ocasião, à vice-ministra foi informada de que a província de Niassa preparou para a presente campanha 647.054 hectares, contra os 642.519 da safra anterior, representando um crescimento de 0,7 por cento.

De referir que durante a sua visita à província de Niassa, Luisa Meque teve a oportunidade de se reunir com o governador de Niassa, Arlindo Chilundo, com os trabalhadores ligados ao sector que dirige, para além de se deslocar a Bandeze, distrito do Lago, onde visitou os campos do programa integrado de transformação de tecnologias agrárias, mais conhecido por PITA.

No distrito de Lichinga, a vice-ministra trabalhou, igualmente, com a Associação dos Camponeses de Matama e depois visitou a machamba de um dos maiores agricultores da região norte da província, Cássimo Jauado, exímio na produção de soja, feijões e milho.

TRABALHADORES SEM PROGRESSÃO

Enquanto isso, na reunião que a vice-ministra teve com os trabalhadores da Direcção Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, estes denunciaram que há quatro anos que não beneficiam de promoções e progressões, atitude que, segundo eles, contraria o Estatuto Geral de Funcionários e Agentes do Estado, EGFAE, que prevê, entre outras coisas, a promoção e progressão dos funcionários e agentes do Estado de dois em dois anos.

Em jeito de esclarecimento, a chefe de Recursos Humanos da DPA de Niassa, Isabel da Graça Chande, confirmou a situação que os trabalhadores vivem, mas justificou que tal resulta de problemas orçamentais, que a sua instituição enfrenta já faz três anos. “Não é nossa intenção tirar ao funcionário o direito que lhe assiste. Antes pelo contrário, nós temos o dever de distinguir os melhores funcionários, promovendo-os”, esclareceu aquela gestora de recursos humanos.

Por seu turno, a vice-ministra reconheceu a justeza da denúncia, mas explicou que o assunto não afecta apenas os funcionários da província de Niassa, explicando que aquilo acontecia em todo o país.

“Para melhor entender o fenómeno, o sector de recursos humanos deve, mesmo sem orçamento, criar um quadro que indique a lista de funcionários que atingiram o tempo previsto pelo EGFAE e que merecem este direito”, orientou Liusa Meque, para quem esta forma de agir permite uma comunicação interna mais fluida entre todos os funcionários e agentes do Estado. 

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