TEXTO DE LUÍSA JORGE e FOTOS DE URGEL MATULA
Quando o coração é generoso, dentro dele cabem todos e, quando as circunstâncias o justificam, sempre se ajeita espaço para mais um. Assim é o coração de Adelaide de Sousa. O seu testemunho de vida fala por si. Parteira de profissão, teve dois filhos biológicos, mas de criação somou 75 e ainda hoje, com 100 anos de vida celebrados no Dia da Vitória (7 de Setembro último), recorda-se de cada um, ainda que a memória teime em falhar os seus nomes. Conserva uma jovialidade de causar inveja.
Adelaide de Sousa nasceu no bairro da Mafalala, no dia 7 de Setembro do ano de 1923, e é a filha mais nova de quatro irmãos.
Teve pouca convivência com o seu pai, Isac Catuane, que cedo emigrou para a África do Sul. Hoje centenária, confessa ser fruto de muitas mãos e afirma que a sua longevidade é fruto de bênção e de uma vida sem vícios.
Eloquente no seu discurso, Adelaide perdeu a noção do número de partos que fez e dos bebés que salvou. Mas também admite que nem tudo correu bem. Experimentou a derrota de sair da sala do parto de mãos vazias. Leia mais…