Carlos Machili é de opinião/convicção de que os moçambicanos cresceram muito como povo (e não como populações), e explica: “Moçambique não é composto por populações, mas sim, pelo povo, nós somos povo, porque somos soberanos. Na verdade crescemos na escolha de quem nos deve governar, o que pode ser demonstrável recorrendo aos seguintes exemplos”:
A institucionalização da Frelimo que desde 1962 aos tempos que correm conseguiu construir consensos no meio de muitos conflitos internos, através de processos claramente democráticos e, diga-se, duros.
Machili pede para se desenganar quem pensa que foi pacífica a primeira eleição de Mondlane, nem a segunda, bem assim a de Samora Machel e de todos os que se seguiram para estarem à frente da Frelimo.
O entrevistado diz que se tratou de uma autêntica democracia interna que foi maturando a Frelimo e com isso ela foi-se constituindo. É essa instituição que hoje governa o povo moçambicano. Que conseguiu metamorfosear-se de projecto político para um projecto de desenvolvimento (os que querem saber devem-se lembrar do PPI – Plano Prospectivo Indicativo) que previa o desenvolvimento do país na década 80/90.
Texto de PEDRO NACUO
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