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MUTHIYANA DE FIBRA: Quero ser advogada

Por Idnórcio Muchanga

Nome: Marília Lourino Pelembe

Naturalidade: Maputo

Residência: Boane

Profissão: Segurança

Conquistas: Fez os ensinos primários e secundário em Maputo, nas Escolas Primária Completa Unidade 29 e Secundária Infulene-Benfica – onde frequentou da oitava à décima classes – e na Escola Secundária da Zona Verde, onde fez a décima primeira e décima segunda classes.

A “muthiyana” de fibra desta edição do domingo conta que, após terminar o ensino secundário, quis concorrer para a faculdade, onde pretendia frequentar o curso de Ensino de Português. Mas desistiu por falta de recursos financeiros. O facto fê-la seguir outro caminho. Hoje trabalha como segurança, profissão que desenvolve há mais de um ano. Relata que no princípio foi um pouco difícil exercer esta função, mas ganhou mais gosto quando “prendi um ladrão na antiga empresa onde eu trabalhava. Isso motivou-me a prosseguir, porque percebi que as mulheres, também, são capazes de exercer esse trabalho”.

Esta mulher de fibra observa, na sequência, que “não há sucesso sem sacrifício, por isso devemos ‘correr atrás’ dos nossos objectivos para alcançá-los, não importam as barreiras. É necessário deixar o medo de lado e acreditar nas nossas capacidades como mulheres, só assim chegaremos longe”, considera.

Sonho: “Quero entrar na faculdade”. Entretanto, o sonho de fazer Ensino de Português ficou para trás, pois “pretendo seguir advocacia, para defender as mulheres vulneráveis. Ainda há muitas mulheres que sofrem preconceito no país. A sociedade olha para nós com uma certa inferioridade”.

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