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Massacre em Paris

Por admin

Os ataques terroristas protagonizados pelo auto denominado Estado Islâmico em Paris e Saint-Denis no passado dia 13 de Novembro ficam com uma das maiores nódoas do ano em curso a nível internacional.

Os ataques consistiriam em fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e uso de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo explosões de kamikazes perto do Estádios de França no subúrbio ao norte de Saint-Denis.O ataque mais mortal foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de Novembro.

Pelo menos 137 pessoas morreram (incluindo os sete terroristas que perpetraram os ataques), sendo 89 delas no teatro Bataclan. Mais de 350 pessoas ficaram feridas pelos ataques, incluindo 99 pessoas em estado grave. Além das mortes de civis, oito terroristas foram mortos e as autoridades continuam a procurar quaisquer cúmplices que permaneceram soltos.

O presidente francês, François Hollande decretou, depois dos atentados, estado de emergência nacional no país, o primeiro estado de emergência declarado desde 2005, e colocou controles temporários sobre as fronteiras francesas. O primeiro toque de recolher desde 1944, também foi posto em prática, ordenando que as pessoas saíssem das ruas de Paris.

O belga Salah Abdeslam, alvo de um mandado de detenção internacional pelos atentados em Paris,  tido como o cérebro dos atentados, ainda continua à monte. Ele confessou aos cúmplices, que o ajudaram a fugir, que participou na matança. Entretanto decorrem esforços com a vista à sua captura e entrega a justiça.

Turquia abate caça russo 

A guerra na Síria ganhou contornos mais tenebrosos após aviões turcos abateram um Su-24 da Rússia na fronteira com a Síria no passado mês de Novembro. Ancara diz que o caça violou o seu espaço aéreo e Moscovo garante que o aparelho não saiu da Síria. O caos na Síria provocado por anos de uma brutal guerra civil e meses de bombardeamentos aéreos lançados por vários países, com motivações distintas, atingiu agora um novo ponto de tensão com consequências imprevisíveis.

Foi o primeiro caça russo a ser abatido naquela região desde o início da campanha de bombardeamento na Síria  ordenada pelo Presidente Vladimir Putin, em Setembro, mas essa nota passa para segundo plano quando se percebe que foi, acima de tudo, um ataque de um membro da NATO contra um avião militar da Rússia – o primeiro de que há registo, pelo menos, desde o fim da Guerra Fria.

Ancara garante que o caça russo violou o espaço aéreo turco e que os seus pilotos avisaram dez vezes durante cinco minutos antes de terem lançado o ataque (informação confirmada pelo Pentágono); Moscovo diz que consegue provar que o seu avião nunca saiu do espaço aéreo sírio, onde estava integrado na campanha de ataques contra os extremistas do Estado Islâmico e os vários grupos rebeldes que querem derrubar o Presidente sírio, Bashar al-Assad. 

Vladimir Putin não poupou nas palavras: afirmou que o abate do caça russo terá "consequências significativas" e classificou o caso como "uma facada nas costas dada pelos cúmplices dos terroristas", na declaração mais dura dos últimos tempos contra o Governo de Recep Tayyip Erdogan.

John Magufuli governa Tanzânia 

O candidato do partido no poder na Tanzânia, John Magufuli, é o novo presidente da Tanzânia após vencer a eleição presidencial com mais de 58 por cento dos votos.
Magufuli é presidente da Tanzânia há mês e meio e já deixa a sua marca em tudo o que toca ou decide. Em início de mandato, decidiu que a prioridade é poupar e uma das primeiras medidas do seu gabinete foi emitir um despacho proibindo viagens ao estrangeiro a todos os governantes tanzanianos: se for necessária a representação no exterior, ficará a cargo dos diplomatas do país que se encontram nos respectivos países.

Entre outras medidas, o presidente Magufuli decidiu impedir deslocações dos governantes, fazendo sempre as reuniões por videoconferência, e chegou mesmo a cancelar a cerimónia anual que festeja a independência do país, dirigindo as verbas para outros sectores, como por exemplo a luta contra a cólera.

Cimeira do Clima 

“Reconhecer que as alterações climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades e para o planeta, e que portanto requer a maior cooperação possível de todos os países” é uma das premissas do documento que reuniu consenso de todas as partes envolvidas (195 países e a União Europeia) – o Acordo de Paris.

Assim, as partes, quando desenvolverem acções para combater as alterações climáticas, devem respeitar, promover e ter em consideração as respectivas obrigações em relação aos direitos humanos, o direito à saúde, os direitos dos povos indígenas, das comunidades locais, dos migrantes, das crianças, das pessoas com deficiência e das pessoas em situação vulnerável e ainda o direito ao desenvolvimento, à igualdade de género, à capacitação das mulheres e à equidade internacional.

O Acordo de Paris foi aceite pelas partes e será simbolicamente assinado no dia 22 de Abril de 2016, Dia da Terra, depois de traduzido para as seis línguas oficiais. Entrará oficialmente em vigor assim que pelo menos 55 países, que representem 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa, ratifiquem o acordo. Para já, conheça os pontos principais do acordo.

1. Limitar o aumento da temperatura

Estabelece uma meta a longo prazo que limita a subida da temperatura a um valor bem abaixo dos 2 graus Celsius”, em relação aos níveis pré-industriais. A partir deste patamar dos 2º C, os cientistas antecipam grandes impactos e catástrofes ambientais. Se nada for feito em relação ao estado atual, ou se não se for mais ambicioso que as propostas atuais, a temperatura deverá aumentar perto de 3º C. O documento refere que se deve ir mais longe e tentar travar o aquecimento a 1,5º C, nível que os países mais vulneráveis defendem como necessário para garantir a sua sobrevivência.

2. Reduzir emissões de gases com efeito de estufa

Fixa um objectivo para conter o crescimento dos gases de efeito estufa, “o mais cedo possível”, através da promoção de reduções rápidas das emissões, de acordo com as melhores recomendações científicas disponíveis. Apesar de não quantificar metas, a referência científica remete para o último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, segundo o qual só a descarbonização (zero emissões) da economia até 2050 permitirá cumprir o limite de 1,5 graus de aumento de temperatura.

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