TEXTO DE ALMIRO SANTOS
Durban vai ter sempre uma maneira muito íntima de celebrar Nelson Rolihlahla Mandela. Foi numa estrada de Howick, a 90 quilómetros da capital de Kwazulu-Natal, que Madiba foi preso a 5 de Agosto de 1962. Não resistiu à prisão, e muitos anos depois, já como Presidente da África do Sul, descreveria a detenção como tendo sido “cordial, educada mesmo”.
É verdade que existe uma espécie de contrição emocional em relação a este facto histórico. Mandela foi preso depois de um périplo por vários países do continente e regressava a Joanesburgo por uma estrada secundária, usada por muitos militantes para iludir a vigilância da Polícia.
Era considerada uma rota segura, por isso muitos acreditam que Mandela foi traído por um dos seus, mas até hoje nada se sabe, até porque o próprio nunca demonstrou interesse em cavar a fundo os contornos da sua detenção, nem mesmo quando assumiu a presidência da África do Sul, entre 1994 e 1999.
Precisamente no local onde Mandela foi preso, ergueu-se uma escultura feita com 50 barras de aço de entre 5 e 10 metros de altura, sendo que a parte frontal da mesma é um retrato de Madiba com barras verticais que representam a sua longa reclusão de 27 anos.
Entre a estátua e o museu, que foi erguido mesmo no cimo da encosta de onde se pode ver a estrada onde Nelson Mandela foi preso, estão projectadas várias lápides que reeditam a sua própria biografia, “Long Walk to Freedom”, o Longo Caminho para a Liberdade, sinalizam os vários momentos da história do prisioneiro mais famoso do Leia mais…
