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Kinshasa monocromática

Por Idnórcio Muchanga

TEXTO DE CAROL BANZE

CAROL.BANZE@SNOTICICAS.CO.MZ

FOTO DE ACAMO MAQUINASSE

Tinha aproximadamente três metros. A cobra. A sua região cervical estava dilatada e elevada por consideráveis centímetros acima. Encontrava-se estranhamente posicionada no centro da Patrice Lumumba, a extensa avenida por onde transitávamos de noite a bordo de uma mini-“bus”, após desembarcarmos no Aeroporto Internacional de N’djili, em Kinshasa.

A sua aparição promoveu reflexões acompanhadas de possíveis significações, um facto impulsionado pela conjuntura sócio-político-militar do país, a República Democrática do Congo.

Gritos de espanto ecoaram. Aquela serpente, aparentemente preta, comprida e visivelmente irritada, promoveu uma sacha repentina da nossa memória de onde afloraram as predições em torno da sua aparição.

Medo, pensamentos e até reflexões conjuntas, por causa do inesperado, resultaram na exposição de sentidos, alguns dos quais pendiam para um bom sinal. Neste caso, as setas indicavam que teríamos uma estadia abençoada.

Entretanto, individualmente, as acepções remeteram-nos a outras “verdades” – volta e meia difundidas por magos – que deixaram de alguma forma a nossa mente em parafuso, ao considerarmos a possibilidade de se tratar de um sinal de alerta, alerta de perigo, uma divagação que nos causou a sensação de estarmos votados à maldição.

Seja como for, respostas para inúmeras suposições apenas com o tempo viriam. Tínhamos aproximadamente sete longos dias de estada naquele lugar, onde, entretanto, faríamos cobertura jornalística do evento que marcou o vigésimo aniversário da Organização das Primeiras- -damas de África (OPDAD), decorrido de 16 a 18 de Junho do corrente ano. Leia mais…

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