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Japão: as ilhas que nos acenam

Por Idnórcio Muchanga

Ali, no chamado círculo de fogo do Pacífico, onde o chocalhar de várias placas tectónicas provoca anualmente cerca de 1500 eventos sísmicos, estão situadas umas ilhas que nos acenam com insistência em busca de uma reaproximação com o resto do mundo, um esforço do governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga que, inclusivamente, se aproveitou da enorme janela proporcionada por um evento desportivo para gritar um amistoso Ohayōgozaimasu – Bom-dia!

Desde há alguns anos que o Japão tem uma necessidade imperiosa de se conectar com o mundo. O país descobriu que essa necessidade de se comunicar, interligar e até interculturalizar-se não se faz apenas com a internet, um espaço virtual onde quase a totalidade da população se congestiona diariamente. Há dois anos, mais de 118 milhões de japoneses tinham acesso à internet, o equivalente a 93 por cento da população.

Mas, definitivamente, não é este o contacto que o Japão busca, agora com inusitado ardor. O poderoso país do sol nascente procura um contacto mais físico, mais sensorial, sendo a prova disso a ousada decisão de avançar com a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, apesar dos enormes condicionalismos e restrições provocados pela pandemia da covid-19.

Renascido da II Guerra Mundial, onde foi obrigado a capitular de forma humilhante perante os Estados Unidos da América, o Japão ainda procurou essa reaproximação com o mundo depois da retirada dos americanos das ilhas nipónicas em 1952 – cumprindo parte do acordo de capitulação assinado no couraçado Missouri – organizando os jogos olímpicos de 1964, com os quais conseguiu assomar ao mundo e mostrar, já nessa altura, os primeiros sinais de um acelerado desenvolvimento. Leia mais…

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