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Grupo BAD mobiliza bolsas de valores “para reinventar o futuro financeiro de África”

Por Jornal domingo

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento iniciou, ontem, uma ronda de reuniões de alto nível com instituições financeiras africanas de desenvolvimento e parceiros financeiros do sector privado para forjar um plano ousado e histórico para uma Nova Arquitectura Financeira Africana, concebida para colmatar o défice de financiamento das necessidades de desenvolvimento do continente.

A convite do presidente do Grupo Banco, Sidi Ould Tah, mais de 50 representantes de bancos regionais e continentais e instituições financeiras de desenvolvimento estão reunidos na sede do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento em Abidjan, para conversações que o Ould Tah descreveu como vitais para o destino do continente.

“Como arquitectos dos mercados de capitais africanos, vocês são os guardiões das instituições financeiras e os catalisadores do futuro do nosso continente”, afirmou Ould Tah no início da primeira sessão, com os responsáveis das bolsas de valores africanas, fundos de capital privado e fundos de capital de risco.

A reunião, a primeira deste tipo entre o Banco e as bolsas de valores africanas, tem como objectivo explorar o seu papel no financiamento a longo prazo, com foco na reformulação da maneira como o capital africano é mobilizado.

Felix Edoh Kossi Amenounve, CEO da Bolsa de Valores Regional da África Ocidental (BRVM), deu as boas-vindas à reunião, destacando a necessidade de uma mudança fundamental.

“Existem lacunas entre as necessidades de financiamento e os recursos disponíveis, mas precisamos de pensar nas reformas necessárias para alcançar a capitalização dos fundos de pensões africanos, porque estes fundos foram originalmente criados para financiar os governos”, afirmou.

As principais instituições financeiras do continente representadas nas reuniões de hoje incluem o African Exchange Linkage Project (AELP), a Bolsa de Valores do Ruanda, a Bolsa de Valores de Moçambique, a Bolsa de Valores de Cabo Verde, a Bolsa de Valores de Nairobi, a Bolsa de Valores de Tunes, a Bolsa de Valores Regional da África Ocidental (BRVM), o Director Regional da Bolsa de Valores da África Central, a Bolsa de Valores de Casablanca e a Bolsa de Valores do Gana.

“Os mercados de capitais são a base sobre a qual se constrói um crescimento económico sustentável a longo prazo”, afirmou Ould Tah, acrescentando que “ao mobilizar capital paciente, proporciona às nossas soberanias e empresas fontes de financiamento diversificadas, ao mesmo tempo que oferece aos investidores, particularmente aos investidores institucionais, um leque mais alargado de oportunidades”.campeões industriais emergentes.

De destacar que as PME, que representam quase 90% das empresas e mais de 60% dos empregos no continente, continuam a enfrentar um acesso limitado ao capital de risco.

A promoção do financiamento sustentável, a digitalização dos mercados, a atracção de capital de investimento para os mercados africanos e programas adaptados às PME foram alguns dos temas discutidos durante a reunião.

O desenvolvimento da educação financeira entre os jovens também foi destacado como um foco fundamental para a abordagem a ser desenvolvida pelas bolsas de valores do continente, bem como o aumento do uso de ferramentas de digitalização e tecnologia financeira para impulsionar oportunidades.

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