A comemoração, hoje, do Dia da União Africana (UA), baptizado como Dia de África, acontece numa altura em que se redobram apelos no sentido de se alcançar uma sólida estabilidade entre os Estados-membros da maior organização continental.
Tem sido defendido que os interesses geopolíticos de cada um dos 55 Estados não se deve sobrepor à necessidade da criação de uma maior unidade a nível do bloco continental.
A propósito da criação de maior unidade, o académico e Professor de Relações Internacionais na Universidade Joaquim Chissano, Calton Cadeado, defende que as disputas geopolíticas puxam os estados africanos a terem de tomar decisões em função dos interesses das grandes potências mundiais.
Destacou ser preciso que África se mantenha unida num contexto de disputas geopolíticas, as quais têm sido tendencialmente divisionistas. De contrário, “vai se desunir em função das agendas das grandes potências que estão nas suas disputas”, frisou.
Defende, portanto, que a unidade africana tem de ser em função dos interesses fundamentais de África, sendo, à partida, preciso assegurar a coesão continental através de agendas comuns entre os Estados-membros. Leia mais…
