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DAR-ES-SALAAM: Cidade do progresso dos contrastes e das muchachitas

Pelos passeios da cidade, os pés debatem-se por uma vaga para trilhar. Seguir em frente obriga-nos, portanto, a cálculos meticulosos.

Estamos numa cidade gigantesca, que acolhe à mesma medida um número elevado de pessoas. Neste lugar praticamente desconhecido encaramos a todo o instante a diversidade e a alteridade. Alguns homens esguios chamam a nossa atenção ao se movimentarem vestidos de lungi, um tecido amarrado ao estilo da capulana.

Trata-se de uma peça que, visivelmente, deixa os seus membros inferiores arejados. São formas diferentes de estar, pertencentes a outras praças, motivo suficiente para afirmar que Dar-es-Salaam é também um mosaico, uma verdadeira montra cultural.

Naquele espaço onde confluem traços distintos, também se avista muito das nossas gentes, cá da terra, desde a feição do rosto até às formas bambaleantes das mulheres irmãs tanzanianas, donas de contornos esculturais que “disputam” com a natureza e com a transparência dos vidros dos arranha-céus distribuídos por vários recantos da cidade, o pomo da beleza.

Mas, os mendigos, esses, trajados de frangalhos, de olhares pálidos e perdidos, que incessantemente estendem a mão implorando por um xelim, pintam o quadro da “vergonha” e da injustiça social; trazem à tona um problema da maioria das grandes cidades: lugares de contrastes, de demarcação de homens ricos e pobres. Leia mais…

Texto de Carol Banze
carol.banze@snoticicas.co.mz

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