Mais de 200 mulheres zimbabweanas estão supostamente presas no Kuwait depois de terem sido aliciadas para aquele país do Oriente Médio por um sindicato de trafico de seres humanos com o pretexto de que iriam ter empregos lucrativos.
A imprensa zimbabweana reporta que a maioria destas mulheres viu os seus documentos de viagem confiscados logo a chegada ao Kuwait.
Presume-se que as mulheres foram vendidas por valores que rondam 2 500 dolares cada para indivíduos que precisam de mão-de-obra barata por um período de mais de dois anos.
A maioria das mulheres seriam empregadas domésticas em condições difíceis e forçadas a trabalhar por longas horas, enquanto outras seriam entregues à prostituição.
A porta-voz da Policia Charity Charamba pediu às pessoas para não responder a anúncios publicitarios nos quais são oferecidos empregos que implicam a saída de pessoas para fora do Zimbabwe em circunstâncias duvidosas ou pouco claras.
A maioria das vítimas foram atraídas através de anúncios nos media e foram prometidas bons salarios, boas condições de trabalho, passagens aéreas e educação.
Fontes oficiais dizem que o Ministério dos Negócios Estrangeiros comunicou à polícia para investigações.
No mês passado o governo zimbabweano criou um Comité Inter-Ministerial para lidar com o tráfico humano.
O ministro do Interior Ignatius Chombo disse que o tráfico de pessoas constitui um crime hediondo e uma violação dos direitos humanos fundamentais.
"Globalmente, isso afecta milhões de pessoas e transformou-se numa indústria multibilionária, onde alguns indivíduos estão se beneficiando da violação dos grupos vulneráveis. O crime de tráfico de pessoas pode ocorrer dentro do país ou transnacional "-disse Chombo.