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Bem que tentou mas não resistiu à pressão!

Por Idnórcio Muchanga

O ministro da i n f o r m a ç ã o do Líbano, George Kordahi, não resistiu à pressão e já não faz parte do governo libanês. Kordahi viu-se no epicentro de uma rixa diplomática entre os países do Golfo, liderados pela Arábia Saudita, e o seu país, devido a pronunciamentos por si efectuados antes de ter sido nomeado ministro. As suas críticas ao envolvimento saudita na crise no Iémen valeram ao Líbano o corte de relações diplomáticas e comerciais com os principados do Golfo. Depois de algumas semanas a resistir aos apelos para o seu abandono do governo, eventualmente apoiando-se no princípio de que o Líbano é um país soberano que não aceita interferência externa, a Kordahi não restou outra opção senão renunciar.

E f e c t i v a m e n t e , George Kordahi veio a público, semana passada, anunciar que renunciava do cargo de Ministro da Informação que há pouco mais de dois meses havia sido nomeado. No seu anúncio, Kordahi começou por dizer que não aceitava ser usado como bode expiatório para serem causados danos contra o seu país e seus irmãos libaneses na Arábia Saudita e noutros países do Golfo. Kordahi apresentou- -se como um patriota, ao ter justificado a sua decisão de abandonar o governo no desiderato de sacrificar o interesse individual a favor do interesse nacional do Líbano. Na sua alocução, o antigo ministro disse que “os interesses do meu país, do meu povo e dos meus apoiantes são superiores ao meu interesse pessoal. O Líbano é muito mais importante do que George Kordahi, e os interesses libaneses são muito mais importantes do que uma pasta ministerial”.

O anúncio de Kordahi põe fim a semanas de pressões provenientes tanto de dentro como de fora do Líbano para que o ministro renunciasse. Tendo sido o gatilho que levou a Arábia Saudita, e “seus seguidores do Golfo”, a expulsarem diplomatas libaneses e cortarem o comércio com o país, criou-se a expectativa de que a sua saída do governo impediria uma maior escalada da tensão. Aliás, as acções dos principados do Golfo não eram nada favoráveis ao Líbano, um país que tem estado mergulhado em sucessivas crises políticas e económicas, especialmente tendo em conta que o país é o maior afectado pela guerra civil na Síria.

O ministro da i n f o r m a ç ã o do Líbano, George Kordahi, não resistiu à pressão e já não faz parte do governo libanês. Kordahi viu-se no epicentro de uma rixa diplomática entre os países do Golfo, liderados pela Arábia Saudita, e o seu país, devido a pronunciamentos por si efectuados antes de ter sido nomeado ministro. As suas críticas ao envolvimento saudita na crise no Iémen valeram ao Líbano o corte de relações diplomáticas e comerciais com os principados do Golfo. Depois de algumas semanas a resistir aos apelos para o seu abandono do governo, eventualmente apoiando-se no princípio de que o Líbano é um país soberano que não aceita interferência externa, a Kordahi não restou outra opção senão renunciar. Leia mais…

Por Edson Muirazeque *
edson.muirazeque@gmail.com

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